Enterrada garota que teve o coração arrancado por amigas

O corpo de Fabíola estava há duas semanas no Instituto Médico Legal (IML) da capital mineira.

Fabíola foi assassinada e teve o coração arrancado por duas amigas | Divulgação
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O corpo da adolescente Fabíola Santos Correa, 12 anos, que foi assassinada e teve o coração arrancado por duas amigas de infância de 13 anos, foi enterrado na tarde desta sexta-feira em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os restos mortais da jovem foram sepultados por volta das 15h no Cemitério Municipal.

O corpo de Fabíola estava há duas semanas no Instituto Médico Legal (IML) da capital mineira. Ele foi encontrado por um lavrador em um local conhecido como Mata do Japonês no último dia 7 de junho, dez dias depois do assassinato.

A garota foi morta com golpes de facão e uma barra de ferro. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, as duas meninas abriram o tórax da vítima e lhe arrancaram o coração. O corpo também foi encontrado sem um dedo do pé. As jovens confessaram o crime.

As adolescentes alegaram que o motivo do assassinato foi medo de que Fabíola contasse detalhes da rotina delas para traficantes de facção rival do grupo ao qual pertencem. No depoimento, elas afirmaram estar sendo ameaçadas de morte, e por receio que a vítima viesse a revelar detalhes, a mataram.

"Depois de golpear várias vezes com a barra de ferro e a faca a jovem, as meninas cortaram um dos dedos do pé esquerdo e arrancaram o coração da Fabíola. Elas disseram que a intenção era provar para as mães delas "olha mãe, a gente está sendo ameaçada, tivemos até que matar um deles", relatou o delegado do município, Enrique Solla. Porém, a polícia não descarta a possibilidade de que as partes do corpo da vítima poderiam ser, na verdade, provas para um mandante. "Ainda não temos elementos para confirmar essa segunda opção", acrescentou Solla.

Porém, as partes do corpo não chegaram a ser entregues às mães: "Elas levaram para casa, enrolados em folhas de caderno; estavam com objetos e roupas de escola; e disseram que se arrependeram de ter levado. Por isso entregaram para um irmão de 8 anos de uma delas. Para ele contaram que o coração era de porco e o dedo de brinquedo. O menino enterrou, mas no outro dia as meninas foram lá e desenterraram. Depois jogaram no Rio Paraopeba", contou Solla, explicando que o rio fica próximo à casa das suspeitas. A polícia já encontrou a barra de ferro usada no crime, mas continuam em busca da faca.

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