Os médicos do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela descartaram a opção de desligar os aparelhos que ainda o mantêm vivo, enquanto não houver uma falência real dos órgãos vitais, informou à AFP nesta sexta-feira um amigo da família.
"Disseram-me que a questão (de desligar os aparelhos) foi discutida", declarou Denis Goldberg, um companheiro na luta contra o apartheid de 80 anos de idade que visitou seu amigo segunda-feira, a convite da esposa de Mandela, Graça Machel.
"Mas os médicos disseram que considerariam esta opção apenas se houvesse uma falência real dos órgãos. Como isso não aconteceu, eles estão dispostos a esperar calmamente e a estabilizar o seu quadro até a sua recuperação", acrescentou.
De acordo com um documento judicial revelado na quinta-feira pela AFP, a família Mandela, aconselhada pelos médicos, cogitaram desligar Nelson Mandela na semana passada, estando o herói nacional em "estado vegetativo".
O Prêmio Nobel da Paz de 1993, de 94 anos, foi hospitalizado em Pretória há quatro semanas devido a uma infecção pulmonar grave. Sua condição é descrita há mais de uma semana como "grave, mas estável" pelas autoridades sul-africanas.
Segundo a presidência, ele não está em um estado vegetativo, como descrito no documento judicial.