Erro: Mulher que injetou vaselina em criança se livra de prisão

A auxiliar de enfermagem disse à polícia que foi induzida ao erro porque os frascos estavam no mesmo armário.

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A Justiça suspendeu ontem (13) o processo contra a auxiliar de enfermagem Katia Aragaki, que injetou uma dose de vaselina na veia de uma menina de 12 anos, em vez de soro, em dezembro de 2010. A garota Stephanie dos Santos Teixeira morreu. Segundo o Tribunal de Justiça, a decisão da Primeira Vara Criminal de Santana aconteceu de acordo com a lei 9099/95, que trata de crimes de menor potencial ofensivo.

Pela lei, o réu que não tiver antecedentes criminais pode ter o processo suspenso se aceitar determinadas condições impostas pela Justiça.

Com isso, o processo contra a auxiliar de enfermagem ficará suspenso por três anos, segundo o TJ-SP. Após esse tempo, o processo voltará a ser revisto.

Nesse período, a auxiliar de enfermagem terá que comparecer mensalmente ao Fórum de Santana, estará proibida de mudar de residência ou sair da cidade por mais de 30 dias e deverá prestar serviço comunitário por dois anos.

CASO

Stephanie Teixeira, 12, morreu no Hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã, zona norte de São Paulo, em 4 de dezembro do ano passado, após receber 50 ml de vaselina na veia em vez de soro.

A auxiliar de enfermagem disse à polícia que foi induzida ao erro porque os frascos estavam no mesmo armário.

Stephanie já havia recebido duas bolsas de um soro convencional, armazenado em recipientes plásticos e comprados fora. Quando receberia a terceira dose (do soro "específico" da Santa Casa guardado em vidro), a auxiliar aplicou a vaselina.

Após a morte da garota, a Santa Casa decidiu mudar as etiquetas e rótulos dos frascos de seus remédios nos 39 hospitais que fazem parte da Irmandade Santa Casa, inclusive no São Luiz Gonzaga.

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