Com o objetivo de transformar vidas através da qualificação profissional, a Escola de Culinária Pimenta do Reino é um projeto desenvolvido pela Cáritas. A instituição busca inserir jovens no mercado de trabalho em um verdadeiro trabalho de resgate social, com grande reconhecimento da sociedade. A instituição tem um índice de 80% de empregabilidade dos jovens que participam dos cursos oferecidos.
A Escola de Culinária busca a diversidade, resgatando a história e edificando o conceito de cozinhar como arte.Além da capacitação profissional, os alunos e alunas têm a oportunidade de entrar em contato com o mercado de trabalho.
Criada em 2011, a partir do projeto Juventude Empreendedora, uma realização da Cáritas Regional do Piauí em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de Teresina e a Instituição suíça, Brucke Le Pont, o projeta fomenta o desenvolvimento das potencialidades humanas com ações voltadas para o treinamento e capacitação.
O curso, dividido em módulos, aborda também a formação cidadã. Para trabalhar bem com os alimentos, os alunos recebem noções de educação sanitária e higiene pessoal, além de orientação nutricional, visando a elaboração de refeições balanceadas e o aproveitamento integral dos alimentos.
Hosana Ravena, ex-aluna do projeto, diz que conheceu o projeto através das redes sociais e começou a fazer com uma amiga. “Logo que finalizamos o ensino médio, realizamos a inscrição e fomos chamadas. Entramos com a documentação e fizemos o curso, que nos deu uma grande noção da culinária piauiense e internacional. O curso me abriu muitas portas, nunca fiquei desempregada”, explica.
A ex-aluna é grata por tudo que aprendeu na Escola. “Meu primeiro emprego foi em uma cafeteria, depois trabalhei em outra cafeteria e agora trabalho em uma açaiteria. Valeu muito fazer o curso. Então eu recomendo os jovens a fazerem inscrição e se matricular, abre muitas oportunidades”, acrescenta.
Estudante abre próprio negócio após o curso
Josué Rodrigues, ex-aluno da escola, hoje tem a própria empresa no ramo da alimentação. Isso foi frutificado após os conhecimentos adquiridos na Escola de Culinária Pimenta do Reino. “Esse projeto é algo grandioso na história da minha vida. Ajudou a ser um profissional melhor, além de um novo olhar sobre o mercado de trabalho. O curso te dá ferramentas para chegar ao mercado capacitado”, reconhece.
A escola promoveu o talento empreendedor de Josué. “Hoje tenho meu próprio negócio, aprendi muito na escola porque temos profissionais muito bons. Eu tinha um certo receio, mas a ajuda do pessoal daqui foi muito importante”, completa.
Instituição tem parceria com empresas
A Ana Carolina, assistente social do projeto, afirma que o projeto trabalha formação política e cidadão. “Não é apenas um técnico, temos oficinas voltadas para formação social. Em relação à qualificação, nós entramos em contato com os empresários de segmentos hoteleiros e de alimentação para conseguirmos vagas. É um grande processo de cidadania”, revela.
Os alunos são acompanhados após a formatura na escola. “Nós acompanhamos os alunos que querer ser empreendedores e também aqueles que vão para o mercado. É um trabalho amplo”, considera.
Lucineide Rodrigues, coordenadora do projeto, explica que o projeto atende, prioritariamente, jovens e surge do pedido da população. “O projeto surgiu a partir da necessidade da comunidade. Uma instituição da Suíça então bancou o projeto, que foi sugerido pela comunidade do Grande Dirceu. Somos focados em jovens entre 18 e 29 anos, principalmente mulheres. Mas também aceitamos pessoas fora dessa idade, mas é menos de 10%”, explica.
Os cursos tem uma metodologia voltada para o empreendedorismo social, além de uma poupança solidária. “Formamos social e profissionalmente. Temos disciplinas de ética, atendimento ao cliente, meio ambiente e cidadania. Ofertamos três cursos hoje: Culinária, Alimentação Para Festa e Organizador de Eventos”, enumera a coordenadora.
A equipe comemora o sucesso da Escola na vida dessas pessoas. “É gratificante ver que um projeto como esse muda a vida de alguém. Quando alguém diz que nunca ficou sem trabalhar depois de passar por aqui, ficamos muito felizes. Temos grandes professores e o rigor necessário para inserir no mundo do trabalho e garantir a renda, diminuindo a pobreza. Temos um índice de 80% empregabilidade ou de empreendedores. Há uma seleção para alunos em vulnerabilidade social. O curso é voltado para quem quer realmente ter uma profissão”, finaliza.