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A Escola Marista Champagnat de Teresina oferece educação em nível médio de excelência para 400 jovens de comunidades e bairros da Grande Santa Maria da Codipi. A ideia é aumentar para 520, ampliando a capacidade de atendimento para transformar ainda mais vidas. Os alunos são beneficiados com bolsas sociais, que custeiam os estudos.
A instituição é mantida pela União Norte Brasileira de Educação e Cultura – UNBEC e funciona na Avenida Ministro Sérgio Mota, no bairro Parque Wall Ferraz, em Teresina. A direção da escola é exercida por Alexandre Lobô. A marca Marista é conhecida em todo o Brasil pela qualidade de ensino.
Professores são companheiros
Os alunos amam estudar na escola. "A Escola Marista é muito acolhedora, principalmente, por conta da coordenação e a pastoral. Todos os professores são companheiros. Nós tivemos apoio psicológico e todo o acompanhamento necessário. Muitas vezes me senti sozinha, mas aqui a gente cria amizades para toda a vida", conta Maria Eduarda Sales, de 17 anos.
Já para Pablo Vinícius Mota Veloso, de 17 anos, estudar no Marista é o sonho de todos os jovens da Grande Santa Maria da Codipi. "É uma oportunidade única. Quem entra aqui no primeiro ano entra uma pessoa. Quando é no terceiro ano ela sai outra pessoa completamente diferente como cidadão e aluno", afirma.
Educação infantil
A Escola Marista Champagnat de Teresina faz parte do sonho de Marcelino Champagnat, há mais de duzentos anos, na França, quando surgiu a missão Marista junto às crianças, adolescentes e jovens. Referência da educação infantil ao ensino médio, a escola faz parte de uma rede internacional de colégios, presente em 82 países. No Brasil, está nas cinco regiões brasileiras.
Piauí nacionalizou a rede Marista
O Piauí era o único estado do Brasil onde não havia presença da Escola Marista. "Queríamos estar aqui. Viemos para viver uma experiência de inserção nas comunidades e com o povo. Com a ajuda da diocese, construímos uma casa que foi cedida em um terreno pela Prefeitura de Teresina. Até hoje estamos aqui, para estar no meio do povo", conta Alexandre Lôbo, diretor da instituição.
O trabalho que iniciou em praças públicas hoje é referência em ensino, com bons resultados em vestibulares e na transformação social da vida de jovens como Maria Eduarda e Pablo Vinícius. "Em 2011 foi feito um abaixo assinado pedindo uma escola de ensino médio, gratuita. Esse pedido chegou no momento em que o governo estava transformando a filantropia em bolsas. Então atendemos a solicitação e construímos a escola", lembra o diretor.
Ensino
O trabalho da escola é focado nos vestibulares e no ingresso às universidades. "Nosso principal papel é levar adolescentes em condição de vulnerabilidade a ampliar horizontes. A gente ajuda os jovens no foco para o ensino e aprendizado. Eles passam quase o dia inteiro na escola", acrescenta Alexandre Lôbo.
A escola dispõe de estrutura e profissionais qualificados para um atendimento amplo. "Além das atividades acadêmicas, temos atividades artísticas, esportivas e pastorais. Assim é possível refletir sobre a própria realidade e os projetos de vida. Somos cristãos católicos, então também trabalhamos espiritualidade", revela.
Comunidade
É interessante perceber o amor e o carinho das comunidades com a escola.
"Somos uma escola de muro baixo, onde nunca fomos assaltados. O muro branco não é riscado. As cadeiras, de 10 anos atrás, permanecem as mesmas. A comunidade usa e cuida", finaliza.