Escola no Ceará é acusada de utilizar conteúdo homofóbico

A denúncia é motivada por uma apostila produzida pela própria escola e utilizada para explicar o princípio da atração e repulsão de cargas elétricas.

Apostila utilizada nas salas de aula do terceiro ano gera polêmica Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/escola-no-ceara-acusada-de-utilizar-conteudo-homofobico-7751978#ixzz2MlAltaYm © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a | Reprodução/ Algb
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O material de uma aula de física do terceiro ano do ensino médio virou caso de Justiça no Ceará. A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais denunciou nesta terça-feira (5) ao Ministério Público do Ceará e ao Ministério da Educação que o material utilizado pela escola da Organização Educacional Farias de Brito, em Fortaleza, teria conteúdo homofóbico.

A denúncia é motivada por uma apostila produzida pela própria escola e utilizada para explicar o princípio da atração e repulsão de cargas elétricas. Na ilustração, a imagem de dois meninos próximos é afastada por duas setas com indicação de ?repulsão?. Na mesma página, há uma referência semelhante para duas meninas.

O secretário de educação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis, Toni Reis, explicou que a questão foi levada à associação por um aluno da escola que diz ter sido motivo de chacota durante aula com a apostila e, por este motivo ele não foi identificado.

? Os desenhos são muito nítidos ao mostrar a homofobia. O menino tem só 16 anos e pensa até em desistir de estudar ? contou Reis, ao dizer que quer uma investigação sobre o caso.

De acordo com o diretor-superintendente da Organização Educacional Farias Brito, Tales de Sá Cavalcante, a escola ainda não recebeu uma denúncia formal sobre o caso e abrirá uma investigação sobre assunto. Até lá, a apostila continua em sala de aula.

? Não é justo que se impute a duas crianças um desejo homossexual que não existe nessa idade. Nós temos funcionários homossexuais, professores homossexuais, alunos homossexuais ? afirmou Cavalcante.

Para a escola, no entanto, o caso pode significar sabotagem da concorrência.

? Infelizmente isso é fruto de concorrência desleal. Aqui no Ceará, os outros colégios não se conformam com o sucesso do Farias Brito em termos nacionais ? afirmou Cavalcante.

A escola existe há 77 anos e possui 13.500 alunos atendendo alunos desde a educação infantil até o ensino superior.

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