O escritor João Carlos Marinho, de 83 anos, morreu no domingo (17) em São Paulo. Autor do clássico juvenil “O gênio do crime”, ele estava internado desde fevereiro no Hospital Sancta Maggiore da Mooca, na Zona Leste.
Segundo parentes, o corpo de Marinho será velado a partir das 10h desta segunda no Cemitério do Araçá e enterrado às 16h no Cemitério da Consolação, ambos na capital.
Nascido no Rio de Janeiro em 25 de setembro de 1935, mudou-se com a família ainda criança para Santos e, depois São Paulo. Concluiu o colegial (atual ensino médio) na Suíça. Ao voltar para a capital paulista, cursou Direito na Faculdade do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), e passou a advogar em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Em 1969, quando ainda advogava, publicou sua obra-prima, “O gênio do crime”. O livro foi a primeira das 13 aventuras que o autor criou para a turma do Gordo. Nele, o personagem principal e seu grupo ajudam o dono de uma fábrica de figurinhas de futebol a descobrir um criminoso que falsificava os cromos mais raros.
Segundo cálculos do próprio autor, foram cerca de 1,2 milhão de exemplares vendidos, em mais de 60 edições desde o lançamento. A obra foi traduzida para o espanhol e adaptada para o cinema em 1973, sob o título “O detetive Bolacha contra o gênio do crime”.
Além dos romances juvenis, Marinho escreveu quatro livros voltados para o público adulto, entre eles "O dueto dos gatos".