Especialista alerta para riscos de doenças transmitidas pelo beijo

Saiba como beijar muito neste carnaval com saúde e segurança.

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Na época de Carnaval, além das marchinhas, fantasias, confetes e serpentinas, a folia também está solta nos romances relâmpagos em festas, blocos de rua e avenidas. E, durante a comemoração, o hábito de beijar na boca, principalmente múltiplos indivíduos desconhecidos (visto como algo inocente e aventureiro), pode levar facilmente a transmissão de várias doenças, desde as mais simples e inofensivas até as sexualmente transmissíveis.

Na cavidade oral como um todo, incluindo saliva, lábios, língua, dentes, gengiva, palato, encontramos diversas bactérias, além de vírus e fungos causadores de várias doenças. “Beijar na boca pode ser um veículo importante na transmissão de doenças como mononucleose, gripe, herpes labial, candidíases, hepatite, tuberculose e, em determinadas situações, a sífilis, gonorreia ou HIV, se houver feridas ou cortes na boca”, ressalta a dentista Fabíola Serra.

A mononucleose, denominada “doença do beijo”, surge por conta dos vírus Epstein-Barr (EBV). Esta enfermidade pode provocar febre, dor no corpo e na garganta, entre outros sintomas. Apenas para lembrar, o vírus pode ficar incubado de 30 a 45 dias no organismo e só depois aparecerem os sintomas, ou seja, o indivíduo está contaminado apesar da ausência de sintomas e infectando potencialmente seus parceiros pelo beijo.

A Odontóloga Fabíola Serra explica ainda que as bactérias causadoras de gengivite e da cárie dental também podem ser passadas através do beijo. A gengivite consiste em uma inflamação e infecção que destrói os tecidos que dão sustentação aos dentes. Já a cárie afeta diretamente os dentes.

Fabíola Serra explica que a melhor forma de se proteger com relação à transmissão de doenças pela boca é evitar beijar muitas pessoas em um curto espaço de tempo, tenha o indivíduo alguma ferida na boca ou não adotando um comportamento que as permita identificar a quem estão se relacionando. “Nós aconselhamos diminuir o número de parceiros, fazer sexo seguro e se acercar de uma pessoa que você tenha uma noção da qualidade de vida e saúde”, acrescenta.

Atenção especial as DSTs

Fabíola Serra afirma que o odontólogo precisa esta apto a diagnosticar possíveis Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), pois as vezes o paciente não consegue identificar os sinais no seu corpo. Ela afirma que as praticas sexuais estão diversas e sendo praticadas com todos os órgãos genitais e com possibilidade de provocarem lesões que cheguem até a boca.

“Se uma pessoa fizer sexo oral na sua parceira (o) e ela for portadora de HPV, essa pessoa pode ser infectada e mais na frente pode aparecer um papiloma na língua. O mesmo pode acontecer com a gonorreia e outras DSTs”, afirma. A dentista orienta ainda que é preciso evitar as atitudes de risco e a pratica do sexo oral deve ocorrer sempre com preservativo, principalmente em casos de parceiros desconhecido ou múltiplas pessoas.

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