Geraldina Rodrigues é atendida há sete meses pela Assistência Farmacêutica do Estado. Diagnosticada com artrite psoriática, a paciente necessita do medicamento Etanercepte de 50mg, que deve ser aplicado semanalmente. Por mês, a medicação custaria o equivalente a mais de sete salários mínimos. “Jamais teria condições de pagar. Quando o médico prescreveu a medicação e vi que uma caixa com apenas quatro seringas custava em torno de R$ 7.800, fiquei em choque. Ainda bem que a Assistência Farmacêutica me provê dessa medicação todo mês e não tenho custo algum”, diz Geraldina.
Assim como ela, milhares de pessoas foram atendidas em 2018, com a distribuição pela Assistência Farmacêutica, unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), responsável pela disponibilização de insumos essenciais ao tratamento de centenas de patologias: o medicamento. Somente no ano passado, foram distribuídos 22,7 milhões de comprimidos, ampolas e frascos de medicamentos, representando R$ 72,3 milhões em recursos investidos pelo Estado e União.
Ao todo, a farmácia dispõe de 513 tipos de medicamentos destinados a diversos tipos de doenças e condições, inclusive raras. São componentes básico, estratégico, oncológico, especializado e ainda os de demandas judiciais, distribuídos a pacientes dos 224 municípios do Piauí pelas farmácias ambulatoriais do Estado, aos municípios e às unidades prisionais. “Os pacientes de todas as regiões têm a oportunidade de receber de forma mais cômoda esses medicamentos do componente especializado e não precisam se deslocar à capital para ter acesso a eles”, comenta Jean Batista, diretor da Assistência Farmacêutica.
São 11 unidades descentralizadas, situadas nos municípios de Teresina, Parnaíba, Piripiri, Campo Maior, Oeiras, Floriano, Uruçuí, Picos, São Raimundo Nonato, Bom Jesus e Corrente. No quesito componente especializado, são mais de 22 mil usuários cadastrados, para 201 tipos de medicamentos, que foi distribuído com alto índice de regularidade, com aproximadamente 90% de abastecimento.
Outra forte demanda são os pacientes diabéticos. Atualmente, são mais de 3 mil pacientes que recebem insulinas, hipoglicemiantes orais específicos e agulhas para a aplicação de insulina. Somente a Lantus, um tipo de insulina de ação prolongada, são mais de 600 pacientes cadastrados. Aos pacientes oncológicos, o Estado investiu R$ 8,2 milhões, para 10 tipos de medicamentos para tratamento de pacientes com câncer no Piauí. Foram atendidos os pacientes com leucemia mielóide crônica, câncer de mama, câncer de próstata, dentre outras variações da doença.