A Rede Estadual de Cultos Afro-Brasileiros do Piauí, cuja presidente é Mãe Eufrasina de Iansã, repudiou sábado a destruição, mais uma vez, da estátua de iemanjá que é símbolo de manifestações religiosas. A estátua fica às margens do rio Poti, na zona Sul de Teresina.
A imagem já foi vandalizada diversas vezes e até carregada pelas águas do rio Poti durante uma enchente. Mas sempre é recuperada e restaurada. Para evitar que fosse destruída com facilidade, a peça passou por um reforço em sua estrutura interna. Mesmo assim, foi alvo de novo ataque.
?Fui ao local dia 15 de agosto para saudá-la juntamente com amigos-irmãos da Tenda Espírita Umbandista Santa Bárbara, de Teresina. Hoje ela está assim, foi vítima de vandalismo, intolerância religiosa, algo do tipo?, disse a presidente.
?Ações como essa entristecem os que conhecem a Umbanda, os que possuem sensibilidade para respeitar todas as religiões. Parece que quanto mais o tempo passa, menos os brasileiros respeitam suas raízes culturais e religiosas. Preferem ser tomados pelo senso comum e julgar?, afirmou.
?Os homens escolheram vários caminhos para chegar a Deus. Cada um escolhe sua religião. Pode ser uma só ou várias. Isso não importa, o que importa é o valor positivo que ela pode agregar à vida de cada um.
Importa o quanto ela pode nos ajudar a evoluir para sermos capazes de cumprir nossa missão. Importa o quanto ela possa nos transformar em pessoas melhores. Por isso, não nos cabe diminuir ou elevar (de forma exagerada) o valor que toda e qualquer religião possui?, finalizou.