Esterilização: Técnica vai impedir que mosquito Aedes se reproduza

Tecnologia vai esterilizar Aedes aegypti

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Nova tecnologia promete esterilizar o mosquito Aedes aegypti e ajudar a combater as doenças que ele transmite, como Zika, dengue, chikungunya e febre amarela. O projeto-piloto já está sendo utilizado na China e deverá vir para o Brasil, México e Tailândia em breve.

De acordo com o que foi divulgado pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) das Nações Unidas, que está investindo na tecnologia, a estratégia foi lançada em fevereiro e servirá para conter os surtos de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, que costumam preocupar os sistemas nacionais de saúde da América Latina.

O especialista da Aiea Rui Cardoso Pereira, garantiu que a fórmula já funcionou nos testes contra as moscas do gado e da fruta e outros insetos. A principal enfermidade a ser combatida é a Zika, que tem afetado a população e as gravidas, provocando a microcefalia nos fetos. Apesar disso, o Ministério da Saúde declarou nesta quinta-feira (11) que os casos da doença registrados até agora diminuíram 95% em comparado ao mesmo período de 2016.

Pereira explicou que a medida faz com que os mosquitos não se reproduzam. Ele explicou que os mosquitos machos são esterilizados com uma radiação que os esteriliza e depois são soltos no campo. “Daí, eles acasalam com as fêmeas selvagens, mas não reproduzem. Os óvulos nunca são fecundados. Essa tecnologia tem sido usada com sucesso para o combate à mosca do gado, à mosca da bicheira, mosca da fruta, à mosca tsé-tsé e outras”, declarou o especialista.

Esterilização

"Posso dizer que, neste momento, há um grupo no sul da China já com um projeto-piloto [de esterilização em implementação. México, Brasil e Tailândia vão começar muito proximamente. A primeira fase foi capacitar pessoas, criar infraestrutura para esses insetos estéreis serem produzidos. No caso do Brasil, o país já tinha uma infraestrutura e usava insetos que eram transgênicos," acrescentou.

De acordo com um estudo divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em fevereiro, há a  intenção de fortalecer, em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a luta contra doenças como o vírus da Zika, a dengue e a chikungunya na América Latina.

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