“Estou de olhos fechados,mas não estou dormindo”, diz Niemeyer

Boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira pela assessoria de imprensa do hospital apontou “melhora no quadro clínico”

O arquiteto Oscar Niemeyer visitou o Sambódromo no dia 8 de fevereiro deste ano | Reprodução
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Após apresentar melhora no quadro de pneumonia e desidratação, o arquiteto Oscar Niemeyer, 104, brincou com a mulher, Vera Lúcia, 66, na manhã desta sexta-feira (4), dizendo na cama do Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, que ainda não havia dormido. O arquiteto está internado no local desde a noite da última quarta-feira.

"Estou de olhos fechados, mas não estou dormindo", disse Niemeyer a Vera Lúcia, com quem o arquiteto se casou em 2006, às vésperas de completar 99 anos. Segundo ela, Niemeyer "está bem" e pode ter alta no fim de semana. "Vai depender de até quando ele vai tomar o medicamento. Talvez ele seja liberado amanhã", disse Vera Lúcia.

Boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira pela assessoria de imprensa do hospital apontou ?melhora no quadro clínico?. O arquiteto foi hospitalizado com infecção respiratória (pneumonia) e desidratação. Ele está na Unidade Intermediária (UI) e continua recebendo tratamento com antibiótico venoso e soro. Está lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos.

Segundo Vera Lúcia, Niemeyer pegou apenas uma gripe e foi ao hospital para fazer exames porque estava com dificuldade de ingerir líquido. "Ninguém citou pneumonia para mim, não. Isso pra mim é estranho. Vou conversar com o médico à tarde", afirmou. Quem trata o arquiteto é o médico Fernando Gjorup. A equipe não trabalha com previsão de alta e informou que um novo boletim só será divulgado na próxima segunda-feira.

Nos últimos anos, Niemeyer já passou por internações no mesmo hospital para ser submetido a cirurgias de retirada da vesícula e de um tumor no cólon, e também para tratar uma infecção urinária --na ocasião, ficou internado por 12 dias em abril de 2011.

Antes do Carnaval deste ano, o arquiteto visitou as obras do Sambódromo do Rio, que passou a ter o traçado original desenhado por ele há mais de 30 anos após a demolição de uma antiga cervejaria vizinha ao local.

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