Uma mulher identificada como Patrícia Pereira Campassi, de 21 anos, entrou na lista das mulheres que tem os filhos portadores de microcefalia no Brasil. Segundo ela, descobrir a doença foi um choque. “Os ultra-sons do começo estava dando tudo normal. A gente só descobre isso com 30 semanas, quando está para nascer descobrimos que o cérebro dele não se desenvolveu e as sequelas que ele terá. Estou em choque ainda”, conta ela que é mãe de Lorenzo.
O menino, que nasceu há um mês e meio em Campinas é um dos quatro casos notificados de microcefalia, doença que pode ter relação com o zica vírus, que é transmitido pelo Aedes aegypti.
Patrícia, que já tem uma filha de 5 anos, afirmou que não desconfiou de nada já que a gravidez seguia normalmente mas tudo começou a mudar depois de uma suposta alergia alimentar. “Tinha muita dor no corpo, coceira, fui na maternidade e o médico nem me avaliou direito disse que era só intoxicação alimentar”, falou.
A doença só foi descoberta pouco tempo antes do parto. “O médico me disse que realmente demorava a aparecer, quando o corpo cresce e o crânio não que constataram a microcefalia”, disse.
"Eu vi vários casos de mães querendo até mesmo abortar a criança. Mas, eu acredito que se Deus me enviou ele, eu tenho capacidade de cuidar e todas as mães também. Não é fácil, têm dias que eu choro, mas é força, porque a gente ama muito. É muito diferente o amor que eles passam. Tem dia que tô chorando e só de olhar pra ele, me dá força", desabafa.