Estudante agredido em protesto está com pneumonia, diz hospital

Mateus Silva, de 33 anos, tem estado de saúde grave, mas estável.

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O estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, internado após ser agredido durante uma manifestação em Goiânia, está com pneumonia, segundo informou o boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) divulgado na manhã desta quinta-feira (4). Ele foi submetido a uma tomografia de tórax, na noite anterior, quando os médicos tiveram o diagnóstico. O quadro dele ainda é grave, mas estável.

Ainda na quarta-feira (3), o estudante foi transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) comum para uma humanizada. A diferença é que, neste espaço, ele pode ficar mais tempo acompanhado da família, das 8h às 20h. Enquanto na UTI normal havia apenas 1 hora de visita.

"Nesse momento ao qual ele está principalmente despertando, os níveis de sedativos estão sendo reduzidos, ele vai passar a receber o convívio familiar. Isso faz com que esses pacientes, que ainda estão com ventilação mecânica, aquele tubinho para poder respirar, possam se sentir um pouco mais seguros", explica o médido Alexandre Amaral.

Vigília e visita de senadores

Na noite de terça-feira (2), amigos do universitário, que cursa ciências sociais na Universidade Federal de Goiás (UFG), fizeram uma vigília no pátio do hospital. O intuito era fazer uma corrente pela recuperação do rapaz.

Já nesta manhã, o rapaz recebeu a visita de uma comitiva de senadores que integram a Comissão de Direitos Humanos do Senado. A parlamentar Regina Souza (PT), presidente da comissão, conversou com a família e também quer verificar como estão as investigações do caso.

"Nós vamos fazer uma visita ao secretário de segurança para ver como está o andamento do inquérito, como está a perspectiva de punição porque foi um crime cometido pelo policial e a gente não pode permitir porque senão isso banaliza", disse.

A agressão de Mateus motivou um bate-boca entre os senadores José Medeiros (PSD-MT) e Lindbergh Farias (PT-RJ), durante sessão na terça-feira (3). José Medeiros discursava sobre a paralisação da última sexta-feira, e chegou a chamar o estudante de “baderneiro”. A afirmação provocou irritação de Lindbergh Farias, que cobrou respeito à vítima da agressão, que está hospitalizada, e a seus familiares.

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