A polícia procura os agressores que empurraram um estudante de engenharia para a frente de uma van em movimento em São Paulo. Ele teve traumatismo craniano e chegou a ser internado na UTI.
Segundo os quatro amigos que estavam com Paulo Avelar, eles foram atacados porque eram homossexuais. O crime ocorreu na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
Avelar estava com o namorado e mais quatro amigos quando um grupo de agressores apareceu na esquina da rua Roberto Bosch com a rua Achilles Orlando Curtolo.
De acordo com o namorado de Avelar, Gean Contarini, os amigos foram insultados e ofendidos por serem gays. Em seguida, começaram a correr atrás deles.
O lugar fica em uma curva perigosa, onde carros e ônibus passam em alta velocidade. Uma vizinha acordou com o barulho do acidente.
O universitário e os amigos se dirigiam para uma famosa casa noturna da região. Avelar foi atingido por um micro-ônibus ao ser empurrado.
Segundo Contarini, o motorista do veículo não prestou socorro após o atropelamento e desceu furioso.
? Ele falou, ?peraí que vocês vão ver?. Ele voltou com uma vassoura e bateu no meu amigo. O motorista, que não teve o nome divulgado, vai responder por omissão de socorro.
A polícia ainda não identificou os agressores e o caso foi registrado no 91º Distrito Policial, do Ceagesp. Avelar foi transferido para o quarto, consciente e com estado de saúde estável. Ele teve uma lesão do lado direito da face e um dos braços quebrados.
Contarini alerta quanto às agressões cometidas em nome da homofobia.
? Agredido verbalmente a gente está acostumado (sic). Nem olha pra trás mais. Mas quando acontece uma coisa grave, a gente tem que falar mesmo, senão, isso vai começar a piorar. Vão começar a matar mesmo as pessoas, como já acontece. Pode piorar muito mais se a gente não falar nada.