A estudante Clara Sentanin, 23 anos, teve as córneas queimadas após ser atingida nos olhos pela substância química identificada como 'loló' em uma festa em Uberlândia, Minas Gerais.
Em um desabafo no Twitter, Clara Sentanin relatou como teve as córneas queimadas em 13 de agosto, em uma festa universitária.
Segundo a jovem, os participantes da festa faziam um "gole aéreo" — quando bebidas são jogadas para o alto — quando começou a sentir os primeiros sintomas.
"A dor e a ardência foram instantâneas. Não conseguia abrir os olhos. Pedi, gritando porque foi desesperador, que meu namorado e minha amiga me levassem até o banheiro. Minha pressão baixou, achei que ia desmaiar", relatou Clara.
Como a dor e a ardência continuaram, o namorado a levou a uma farmácia, onde lavou os olhos com soro fisiológico.
“Lavei com soro fisiológico, mas mesmo assim ainda ardia e doía muito. O farmacêutico recomendou ver um médico. Fomos para o hospital e lá não tinha oftalmologista, mas passaram um colírio anestésico e me mandaram para casa”, contou a estudante.
No dia seguinte, ao consultar um especialista, foi constatada uma queimadura química da córnea total no olho esquerdo e parcial no direito.
"Eu achei que tinham jogado vodca, mas os médicos concordaram que foi algo mais forte", comentou.
Clara disse ainda, que os médicos acreditam que foi uma mistura química caseira conhecida como loló.
"Até porque uma bebida alcoólica, nem mesmo álcool puro, faria tanto dano. Eu nunca usei (loló) e nunca vi nenhum amigo meu usar", afirmou a jovem.
Ela já retirou o tampão do olho esquerdo, e a lesão do direito já está cicatrizada. Segundo Clara, as vistas ainda estão embaçadas, mas está melhorando mais a cada dia e já não tem mais medo de perder a visão.