Alunos desenvolvem horta orgânica com utilização de material reciclável

Canteiros são feitos de garrafas pet e irrigados com água da chuva. Alunos apresentaram o projeto em feira nacional de ciências.

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Alunos da Escola Estadual Santina Rioli, em Macapá, utilizaram pedaços de canos, garrafas pet e materiais recicláveis para produzir uma horta orgânica irrigada por água da chuva, que pode ser adaptada em pequenos espaços de casas ou apartamentos. O projeto levou os estudantes à 12ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em março, na cidade de São Paulo.

Idealizado pelos alunos Adriana Rêgo, Jonatan Guimarães e Thayná Corrêa, todos do ensino médio, o projeto contou com a orientação do professor de ciências Aldeni Melo. Ele diz que a ideia era adaptar uma horta às necessidades urbanas.

"Para os experimentos e a apresentação na feira fizemos o cultivo de alface, cebolinha e chicória, mas outras verduras também podem ser produzidas sem o uso de agrotóxicos. Além da água da chuva, irrigamos a horta com água excedente dos bebedouros e das centrais de ar da escola", explicou o professor.

A horta em forma de pirâmide foi feita em uma estrutura de madeira com 1 metro de altura, onde os canos foram fixados e irrigavam os canteiros formados pelas garrafas pet preenchidas com adubo orgânico. Diariamente são necessários 6 litros de água que precisam ser trocados apenas uma vez ao dia.

O título na categoria "Ciências Agrárias", na feira em São Paulo, não saiu para o Amapá, mas, a estudante Thayná Corrêa, de 14 anos, disse que somente a participação valorizou os meses de experimentos. "Foi uma viagem inesquecível. Tinha participantes do país inteiro que apresentaram projetos que mostram que dá para se ter uma vida mais sustentável. Fiquei encantada com todos eles", resumiu a estudante do 1º ano do ensino médio.

O professor conta que o objetivo agora é expandir o projeto para comunidades carentes de Macapá, como forma de motivar a agricultura orgânica em pequena escala. Uma ação foi iniciada no Conjunto Habitacional Mucajá, Zona Sul da capital, onde vivem 512 famílias, mas não houve continuidade do projeto.

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