Em vez de livros, drogas e álcool. Uma denúncia feita por um ouvinte da Rádio Jornal Meio Norte (90,3 FM) mostra que a praça do Liceu Piauiense tornou-se um ponto de encontro para uso de drogas, inclusive, por estudantes de escolas da região.
A equipe do Jornal MN presenciou, na manhã da quinta-feira (14), adolescentes "matando" aula para se juntar a outros usuários e consumir livremente entorpecentes e álcool.
Uma comerciante que trabalha em frente ao local, e que preferiu não se identificar, disse que a situação assusta as pessoas. "Temos até medo de denunciar, por causa de retaliações. Não tem mais horário, eles estão sempre aí".
Um outro comerciante do entorno do local alega que as drogas são vendidas próximo à praça. Segundo relatos, o uso de drogas ocorre praticamente o dia inteiro e vem amedrontando quem passa pelo local.
Moradores e comerciantes denunciam que o espaço público também vem se tornando ponto de tráfico de drogas e reclamam de assaltos. Nem mesmo as residências próximas à praça do Liceu estão livres. Um morador explica que já foi coagido dentro de casa. "Esses moradores que vivem na praça do Liceu chegam pedindo água e comida para se aproximar. Já fui assaltado e fico com medo, principalmente à noite. Professores e alunos já foram assaltados aqui perto do Senac", conta um morador.
A presença de aliciadores que se aproximam das escolas para venderem drogas põe medo a professores e alunos do próprio Liceu. No local, já houve registro de homicídios por arma branca. A direção do Liceu Piauiense vem tomando medidas para coibir e proteger os estudantes através da intensificação do policiamento.
"Estamos dentro das nossas possibilidades de querer essa questão de segurança, principalmente nas praças. Acho que deveria ter mais policiais ou pelo menos a Guarda Municipal para fazer voltas para diminuir bastante a venda de drogas e do tráfico. Com relação aos alunos do Liceu, eles não ficam na praça, e sempre que a escola percebe que há algo estranho, se tem alguém vendendo, ligamos para a polícia para fazer rondas e vistorias nos estudantes e estranhos, e com isso temos amenizado a situação. Estamos sempre alertando os alunos a atravessarem a praça e irem para casa", ponderou o diretor do Liceu, Edinaldo Lima.