Familiares e amigos de George Floyd organizam nesta quinta-feira (4), em Minneapolis, o primeiro funeral do ex-segurança, morto em maio durante uma ação policial — caso que gerou onda de protestos contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo.
De acordo com a emissora norte-americana CBS, o corpo de Floyd será levado ainda a outras duas cidades para outras cerimônias: Raeford, na Carolina do Norte, cidade natal do ex-segurança; e Houston, onde ele foi criado. A última homenagem está marcada para terça-feira.
A cerimônia em Minneapolis tem a presença do ativista Martin Luther King III, último filho vivo de Martin Luther King Jr., que lutou pelos direitos civis da população negra dos EUA em meados do século XX. Políticos como a senadora Amy Klobuchar, ex-pré-candidata à presidência dos EUA, também participaram do ato. O prefeito Jacob Frey também esteve no funeral.
Além dos funerais, nesta quinta, os Estados Unidos entram na 10ª jornada de protestos contra o racismo. A noite anterior teve novos confrontos e casos de vandalismo, mas as manifestações ocorreram de maneira bem mais tranquila do que em outros dias.
Caso George Floyd
George Floyd morreu em 25 de maio após ser filmado com o pescoço prensado pelo joelho de um policial branco em Minneapolis. O ex-segurança, que era negro, foi alvo da operação policial por supostamente tentar pagar uma conta em uma mercearia com nota falsa de US$ 20, segundo a imprensa norte-americana.
As imagens reacenderam a questão racial dos Estados Unidos e deram início a uma série de protestos antirracismo que tomaram conta do país.
Uma primeira perícia, oficial, não indicou evidências de que Floyd morreu por asfixia. Entretanto, outras duas autópsias indicaram que, sim, o ex-segurança foi morto por sufocamento.
O laudo da autópsia realizada pelo condado de Hennepin, divulgado à imprensa nesta quarta-feira, informa ainda que Floyd tinha presença de coronavírus no organismo quando morreu. O ex-segurança havia sido diagnosticado com Covid-19 no início de abril.