Os Estados Unidos anunciaram a retomada da construção do muro na fronteira com o México e a retomada das deportações de migrantes venezuelanos que não possuam justificativa legal para permanecer no país. Essas medidas surgem em meio a uma crescente pressão sobre o governo dos EUA para conter o aumento do fluxo de imigrantes. Políticos, incluindo membros do Partido Democrata, têm expressado preocupações sobre a situação, destacando as implicações para as cidades e a região.
O presidente Joe Biden, que havia rejeitado a construção do muro, agora alega que os recursos destinados a essa obra nos anos anteriores, cerca de US$ 190 milhões, não puderam ser realocados e, portanto, serão usados para o projeto.
Além disso, o governo dos EUA fechou um acordo com o regime de Nicolás Maduro na Venezuela para aceitar de volta cidadãos venezuelanos. Anteriormente, esses migrantes eram enviados para o México ou Colômbia devido à recusa da ditadura venezuelana em recebê-los.
Essas ações têm como objetivo mostrar o compromisso do governo dos EUA em aplicar rigorosamente as leis de imigração e lidar com o aumento do número de migrantes que cruzam a fronteira ilegalmente. As medidas incluem deportações em voos comerciais e refletem uma mudança na política migratória dos EUA.
Segundo a publicação, as deportações serão retomadas nos próximos dias segundo membros do governo. Estatísticas obtidas pela rede americana CBS indicam que um número recorde de cerca de 50 mil venezuelanos cruzaram a fronteira americana ilegalmente em setembro.
Oficiais do governo americano afirmam que a ação mostra o comprometimento do governo de "impor consequências" àqueles que cruzarem a fronteira ilegalmente. "O anúncio de hoje deixa claro que estamos comprometidos em aplicar estritamente as leis de imigração e em remover rapidamente as pessoas que não se beneficiam desses processos ordenados e escolhem cruzar nossa fronteira ilegalmente", disse o Departamento de Estado, em nota.