EUA suspende restrições de viagem que incluem o Brasil

Medida entraria em vigor dia 26 de janeiro, mesma data em que passa a valer exigência de testes negativos para todos os visitantes internacionais que desejarem entrar nos Estados Unidos. Equipe de Joe Biden diz que momento é de apertar as restrições, e não de flexibilizá-las.

Passageiros chegam ao Aeroporto Internacional Seattle-Tacoma, nos EUA, em meio à epidemia mundial de coronavírus — Foto: Karen Ducey/Getty Images/AFP | Passageiros chegam ao Aeroporto Internacional Seattle-Tacoma, nos EUA, em meio à epidemia mundial de coronavírus — Foto: Karen Ducey/Getty Images/AFP
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

A restrição de entrada nos Estados Unidos de viajantes provenientes do Brasil e outros países gerou um impasse nesta segunda-feira (18) entre o presidente Donald Trump e a equipe do democrata Joe Biden, que toma posse no comando da Casa Branca nesta quarta. Informações do G1.

O motivo é o anúncio do governo Trump, nesta noite, da suspensão dessas restrições ao Brasil, à Irlanda, ao Reino Unido e aos países da Europa integrantes do Espaço Schengen — grupo de nações europeias com livre circulação de pessoas. A flexibilização começaria a valer em 26 de janeiro, seis dias depois da posse de Biden.

Passageiros chegam ao Aeroporto Internacional Seattle-Tacoma, nos EUA, em meio à epidemia mundial de coronavírus — Foto: Karen Ducey/Getty Images/AFP

No entanto, momentos depois de a Casa Branca publicar a ordem flexibilizando as restrições, a porta-voz do futuro governo Biden, Jen Psaki, disse que a nova gestão não levará adiante a reabertura. "Com a pandemia piorando, e mais variantes contagiosas emergindo ao redor do mundo, não é hora de cancelar restrições às viagens internacionais", escreveu.

"Na verdade, planejamos apertar as medidas de saúde pública sobre viagens internacionais para mitigar a transmissão da Covid-19", completou Psaki.

Além disso, Trump havia mantido as restrições apenas para os rivais políticos China e Irã, alegando que os dois países "falharam em cooperar com as autoridades de saúde pública dos EUA e em compartilhar informação precisa sobre a transmissão do vírus".

A ordem assinada por Trump teria efeito no mesmo dia em que outro decreto entraria em vigor: o que estabelece a exigência de teste negativo para o coronavírus feito até três dias antes da viagem ou um exame comprovando que o passageiro já teve Covid-19 para que pudesse entrar nos EUA.

Por esse primeiro decreto, um passageiro não fornecer a documentação, ou optar por não fazer o teste, a companhia aérea deve negar o embarque. Não se sabe se o governo Biden manterá a exigência.

Proibição

Passageiros chegam ao Aeroporto Internacional de Los Angeles horas antes da suspensão de viagens na Europa aos EUA, em 14 de março — Foto: Robyn Beck / AFP Photo

Desde 29 de maio de 2020, pessoas que tenham estado no Brasil num período de 14 dias antes de tentar entrar nos Estados Unidos têm sua admissão negada.

A restrição não é aplicada a pessoas que residam nos Estados Unidos ou sejam casadas com um cidadão americano ou que tenham residência permanente no país. Filhos ou irmãos de americanos ou residentes permanentes também podem entrar, desde que tenham menos de 21 anos.

Membros de tripulações de companhias aéreas ou pessoas que ingressem no país a convite do governo dos EUA também estão isentas da proibição.

Restrições semelhantes eram aplicadas a viajantes com origem no Reino Unido, na Irlanda e em países integrantes que integram o Espaço Schengen.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES