A Embrapa Meio-Norte deu início, na manhã da terça-feira (3), ao primeiro evento no estado do Piauí integrando pesquisa e inovação na agricultura. São três dias de inovações abertas por meio de posicionamentos de ativos tecnológicos no mercado (seja em ambiente produtivo ou social), com o intuito de dar visibilidade ao portfólio de ativos da Embrapa Meio-Norte.
Na sede da Embrapa, em Teresina, o dia começou com muita movimentação. São quatro atrações espalhadas por um amplo espaço repleto de novidades. Ciência Ativa, Jornada Científica, Ideas for Farm e Ciência no Prato estão disponíveis para atender a diferentes públicos apresentando as mais diferenciadas propostas ali desenvolvidas. Feiras de culinária, apresentação de espécies de animais e inovação na piscicultura ganharam destaque.
Foram mais de 1.000 inscritos no evento, que contou com parcerias de empresas locais, regionais e nacionais, e também com a presença da vice-governadora, Regina Sousa, do prefeito Firmino Filho, do chefe geral da Embrapa, Luiz Fernando Leite, além de alunos de escolas públicas, estudantes de graduação e mais variados pesquisadores.
“O AGtech foi pensado como uma forma de ampliar a visibilidade das ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Embrapa Meio-Norte. Foi uma forma também da gente tentar uma maior aproximação com o produtor rural. Seja ele da agricultura empresarial, do agronegócio ou da agricultura familiar”, explicou a Chefe de Tecnologia da Embrapa Meio-Norte, Izabella Hassum.
Assunto amplamente discutido na ocasião, foi o objetivo de popularizar a ciência e aproximar cada vez mais as pessoas dos pesquisadores, em geral, do corpo técnico. Levando a finalidade, segundo os participantes, da informação do conhecimento gerado nos trabalhos dos pesquisadores, que suprem as demandas e necessidades reais do campo.
No auditório com capacidade para 500 pessoas, lotado, a vice-governadora, Regina Sousa, expressou sobre as ações do atual governo no âmbito federal e caracterizou como um “ataque ao setor crucial do desenvolvimento”. “Educação, ciência e tecnologia são a chave do desenvolvimento. Por isso que fico preocupada com que está acontecendo nesse país. Espero que seja passageiro, porque não é possível que não seja, mas com o apagão da nossa ciência, nenhum país consegue se desenvolver, pois estamos perdendo cientistas”, enfatiza.
Luiz Fernando, Chefe Geral da Embrapa, comemorou os 44 anos da unidade e destacou a ajuda para a viabilização do evento. “Nós temos um certo protagonismo em relação a commodities, por exemplo, a soja, milho, café, carnes, mas a mercadoria mais valiosa que um país tem, em termos de agricultura tropical, é conhecimento. Ninguém no mundo dominou a tecnologia para agricultura tropical como o Brasil, e isso é decorrente das instituições de pesquisa como a Embrapa e a Academia. São frutos dessas instituições aliados ao empreendedorismo do produtor rural, verdadeiros e incansáveis homens do campo e funções estatais favoráveis”, explicou.
O prefeito Firmino Filho falou sobre a inovação no centro do futuro do Brasil e deu ênfase à inovação de políticas sobre o desenvolvimento. “A fonte que mantém a dinâmica do conhecimento da produtividade é a inovação. Ela que transforma e revoluciona todas as áreas de produção”, disse.