Um ex-executivo da fabricante de aeronaves brasileira Embraer se declarou culpado na quinta-feira (21) por envolvimento em um esquema de pagamento de propinas para um alto funcionário do governo dos Estados Unidos.
Segundo os procuradores que anunciaram a notícia, o britânico Colin Steven, de 61 anos, violou as leis de corrupção do país ao pagar propina em troca de ajuda nas vendas da empresa para uma empresa de petróleo da Arábia Saudita. Ele também foi acusado de lavagem de dinheiro, falso testemunho, entre outras violações.
O anúncio foi feito por procuradores da divisão criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Steven, ex-vice-presidente de vendas e marketing da Embraer na divisão de jatos executivos, admitiu ter se envolvido no esquema de pagamento de propinas para vencer contratos nas vendas de aeronaves com condições favoráveis à Embraer.
De acordo com o departamento de justiça norte-americano, Steven fez um acordo com um funcionário estrangeiro garantindo que a Embraer ganharia um contrato de vendas de aeronaves novas e usadas em troca de uma proprina de US$ 1,5 milhão.
No início de 2010, a companhia nacional de petróleo da Arábia Saudita encomendou à Embraer um contrato de três novas aeronaves no valor de aproximadamente US$ 93 milhões.