É grande a expectativa para saber quem será o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Ministério da Educação. A pasta está sem representante desde o pedido de demissão de Carlos Alberto Decotelli, que nem chegou a ser nomeado. Desmentido por uma série de instituições de ensino internacionais e do Brasil acerca do seu currículo, o economista pediu para ser exonerado do Ministério da Educação (MEC), menos de uma semana depois de ter sido anunciado.
Bolsonaro tem sobre a mesa uma ampla lista de nomes levados por diferentes alas do governo e também do Congresso. E um deles é do ex-governador do Piauí, Hugo Napoleão. O nome de Hugo apareceu em uma matéria veiculada ontem pelo Jornal O Globo.
Hugo Napoleão, que é ex-ministro da educação do governo José Sarney e comandou a pasta de 1987 e 1989, aproximou-se de Bolsonaro quando os dois eram deputados e é considerado por aliados um amigo do presidente.
O nome de Anderson Ribeiro Correia, ex-presidente da Capes e atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), começou a sofrer resistência por ser considerado um fortalecimento da ala militar. Além da decisão do presidente, o atual reitor do ITA precisaria de um aval do Ministério da Defesa para ser indicado.
Segundo fontes da educação, o governo trabalha para encontrar um nome que tenha trânsito em mais de uma área, para não ficar refém de um único grupo.
Com a nomeação cancelada antes da posse, Carlos Alberto Decotelli tinha sido indicado pela ala militar, enquanto o polêmico antecessor, Abraham Weintraub, integrava a ala ideológica.