Na manhã deste sábado, dia 10, o ex-governador Sérgio Cabral deixou o Complexo de Gericinó, em Bangu, zona Oeste do Rio de Janeiro, onde estava preso, e foi levado para o a base aérea do Galeão, onde irá embarcar para Curitiba. A transferência foi solicitada pelo juiz federal Marcelo Bretas.
O promotor André Guilherme Freitas, das Promotorias de Justiça de Execução Penal do RJ, do Ministério Público estadual, denunciou que Cabral estava recebendo na Cadeia Pública José Frederico Marques visitas de amigos e familiares sem que eles estejam cadastrados na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
"Estava recebendo visitas de forma ilegal. Visita de parlamentares e até mesmo de familiares em descumprimento às regras de visitação. Isso fere o princípio da igualdade. Eu tive o cuidado de agrupá-los e enviá-los ao juiz federal para que ele tivesse conhecimento do que estava acontecendo", disse Guilherme.
Segundo o promotor, visitas estavam ocorrendo de 'forma ilegal'. "O referido réu está recebendo visitas de familiares e pessoas amigas em desconformidade com resolução que limita a um único credenciamento", acrescentou.
O ex-governador está preso desde o dia 17 na cadeia pública José Frederico Marques. Sua prisão fez parte da Operação Calicute, da Polícia Federal e Ministério Público Federal, que apura desvios em obras do governo estadual. O prejuízo é estimado em mais de R$ 220 milhões.