A concentração elevada de magnésio na água potável reduz o coeficiente intelectual (conhecido como QI) das crianças. Essa é a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores canadenses e publicado nesta segunda-feira (20) na revista científica Environmental Health Perspectives.
Uma equipe chefiada por Maryse Bouchard, do Centro de Pesquisas Interdisciplinar sobre Biologia, Saúde e Meio Ambiente, da Universidade de Quebec, em Montreal (Canadá), avaliou 362 crianças com idades entre seis e 13 anos.
Os cientistas mediram a quantidade de magnésio na água corrente da casa dos pequenos e, por meio de uma entrevista, estimou a quantidade de água que eles bebiam. Paralelamente, cada criança foi submetida a testes sobre suas capacidades cognitivas, motoras e de comportamento.
Segundo Bouchard, foi observada uma redução muito significativa no QI das crianças que bebiam água potável com magnésio.
Os resultados mostraram que, nas casas onde o nível de magnésio na água era maior, 20% das crianças mostraram um coeficiente intelectual seis pontos abaixo daquele de crianças que não consumiram água com magnésio.
Essas análises levaram em conta fatores como renda familiar, inteligência materna, nível educacional materno, bem como a presença de outros metais na água. Alguns municípios estudados já instalaram filtros que retêm o magnésio.
Os pesquisadores propõem, ainda, que se estabeleçam normas nacionais e internacionais que limitem a presença do magnésio na água potável.