FAB expulsa sargento preso com 39 kg de cocaína na Espanha

A expulsão do sargento é um desdobramento do processo aberto pela Justiça Militar para apurar as circunstâncias da apreensão da droga

Sargento preso com cocaína é expulsa da FAB | Divulgação
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FABIO SERAPIÃO

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O sargento Manoel da Silva Rodrigues, detido na Espanha após ser pego com cocaína  no aeroporto de Sevilha , foi excluído definitivamente dos quadros da FAB (Força Aérea Brasileira) nesta quinta-feira (12).

O militar brasileiro foi preso em junho de 2019 com 39 quilos da droga. A expulsão do sargento é um desdobramento do processo aberto pela Justiça Militar para apurar as circunstâncias da apreensão da droga.

Em fevereiro, Rodrigues foi condenado pela Justiça Militar a 14 anos e 6 meses de prisão e multa. Ele já havia sido condenado na Espanha, onde continua detido, a seis anos de prisão.

Sargento Manoel da Silva Rodrigues foi preso com 39 kg de cocaína na Espanha 

"Ressalta-se que o tempo decorrido até a efetiva expulsão do sargento esteve condicionado ao cumprimento dos devidos trâmites administrativos de intimação do militar, que se encontra detido em outro país desde sua prisão em flagrante", disse a FAB em nota.

Ainda na nota, a FAB afirma que atua para "coibir irregularidades e que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional".

No julgamento do sargento realizado pela Justiça Militar no Distrito Federal, o juiz militar Frederico Magno de Melo Veras afirmou que a apreensão da droga indica que o acusado se dedicava a atividade criminosa.

Droga apreendida com sargento na Espanha em 2019 

Segundo o magistrado, houve má-fé do militar pelo fato de ele saber sobre regras internas a serem burladas para transportar a droga.

Rodrigues, afirmou o juiz, se valeu dos conhecimentos adquiridos como militar para se esquivar da fiscalização de suas bagagens, onde estava armazenada a droga.

O advogado Thiago Diniz Seixas, responsável pela defesa do militar, argumentou durante o julgamento que o sargento não atuou na exportação de drogas e que apenas transportou a cocaína.

A tese do advogado é que o sargento seria apenas uma mula do tráfico.

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