Fábio Abreu não nega que possa disputar Prefeitura de Teresina

Ele afirmou que o assunto será debatido no tempo certo

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O deputado federal reeleito, Fábio Abreu, foi entrevistado no quadro Jogo do Poder, desta sexta-feira, pelos jornalistas Arimatea Carvalho, Ananias Ribeiro, Samanta Cavalca e Efrem Ribeiro. Ele, que compõe a Bancada da Bala na Câmara Federal e faz parte da Comissão de Segurança Pública da casa, afirmou que o decreto do presidente Jair Bolsonaro, que facilita a posse de armas pelo cidadão, tem mais pontos negativos do que positivos, e apontou falhas. 

O deputado acredita que deveria ter acontecido um debate amplo, antes da assinatura do decreto. "Este assunto é muito polêmico, requer uma discussão maior. Primeiro, aconteceu de forma muito rápida para ser posta em prática. Este assunto já é discutido na Câmara e no Senado e poderia sim continuar havendo esta discussão nas duas casas para colocá-la em prática. Eu faço um balanço de que temos mais pontos negativos do que positivos. Pontos positivos: sensação de que a população tendo uma arma ela vai estar, em tese, mais segurara, porque vai poder se defender. O indivíduo que vai fazer um roubo ele vai temer entrar em uma residência. Na minha opinião, esses são os dois únicos pontos positivos que podemos destacar. Os pontos negativos: em nada se modificou a lei, eu como policial posso dizer isso que se um policial chegar em uma residência e encontrar um individuo com arma de fogo e que foi abatido por um cidadão e que lá está o produto do roubo e o individuo morto, a primeira atitude que o policial vai ter que tomar é prender o cidadão, e apreender a arma dele.Vai demorar para que o cidadão prove que aquela ação foi em legitima defesa, ele vai ter que fazer isso em juízo. Aqui em Teresina nós temos a audiência de custódia, provavelmente no outro dia o juiz vai fazer esta interpretação e dizer se a pessoa está liberada ou não. Mas imagina isso no interior, onde não há audiência de custódia, em que o caso se deu em uma sexta-feira o cidadão vai precisar ficar preso por questões de não modificação da lei.

O outro é que o individuo que pretendia se defender procurava, na maioria das vezes, um agente de segurança pública, eu pergunto se é mais fácil tomar uma arma de um agente de segurança pública ou de um cidadão que acabou de comprar um arma? Com certeza de um cidadão, então é mais um problema que o cidadão vai ter em sua casa que é a possibilidade de o indivíduo ter a intenção de tomar sua arma. Outro problema são os incidentes que acontecem, nós temos policiais treinamos por muito tempo e vez ou outra temos incidentes de casos de tiros dentro da residência, inclusive com morte de policiais e de entes queridos deles".

O deputado também falou sobre a disputa pela Prefeitura Municipal de Teresina. Seu nome chegou a ser cotado como um dos possíveis candidatos. Fábio Abreu não negou a possibilidade. "Eu jamais estaria como politico se não tivesse outras aspirações além do cargo que a gente está hoje, mas é necessário se fazer toda uma avaliação a respeito deste processo. Em 2014, tivemos a maior votação como deputado federal em Teresina, em 2018 praticamente tivemos a mesma votação. Isso nos dá uma maior responsabilidade e as pessoas confiam nas suas propostas e nas nossas escolhas e isso me possibilita a disputar, mas neste momento não posso dizer que sou pré-candidato, isso a gente vai analisar no momento adequado, o tempo que vai dizer e o povo que vai dar esta resposta. Conversamos com o prefeito Firmino Filho, com senador Ciro e com o governador e se levantou muito essa possibilidade bem no inicio, foi uma das primeiras possibilidades que se levantou quando fui reeleito, mas as coisas precisam ser debatidas antes de tomarmos uma decisão, não vou assumir nenhum lado em relação a esta possibilidade".

O deputado também não confirmou se assumirá a Secretaria de Segurança pública, mas disse que o assunto já foi tratado com o governador, que lhe fez o convite. "Tive uma conversa com o governador, realmente foi feito um convite, temos todo um acerto sobre isso, mas este detalhe o governador não me pediu. Ele não me exigiu nenhum período de afastamento da Secretaria, o que eu deixei claro para o governador desde que aceitei assumir a Secretaria é que em momentos importantes para o meu país eu me exoneraria da Secretaria para participar de votação em Brasília e assim eu fiz por duas vezes no mandato anterior. E desta mesma forma continuamos com este combinado, no momento que eu entender que preciso me afastar para votações ou assumir o mandato não há problema em relação a isso".

Mas caso assuma a Secretaria, ele afirmou que terá alguns assuntos que serão priorizados. "Nós temos alguns focos que serão priorizados, aqueles que as pessoas mais reclamam. Por exemplo, eu tenho acompanhado essa questão do roubo do celular, precisamos associar duas coisas que terão resultados muito eficientes, a questão da inteligência, que vai ser algo que, na minha opinião, neste ano e no próximo ano, terão os maiores investimentos e resultados muito eficazes; e a questão da tecnologia, nós vamos contemplar aquilo que a população mais clama que é a questão do roubo do celular que acaba acabando em morte da vítima. E a outra é a questão do plano de segurança pública, daí a explicação para a pergunta: porque não ficar em Brasília e vir para o Piauí exercer a função de secretario? É que aqui temos como executar funções muito mais rapidamente, infelizmente, do que acompanhando o processo lá em Brasília", pontuou. 

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