O incêndio em duas lojas do centro de Teresina, no último final de semana, trouxe à tona novamente a situação do Corpo de Bombeiros do Piauí. Segundo denuncia o diretor da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Piauí, sargento Francisco Carlos Da Cruz, a corporação trabalha com número de pessoal insuficiente para atender a demanda do estado e faltam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Para minimizar esses problemas, segundo o sargento, é necessário que todos os 40 aprovados no último concurso sejam convocados e seja realizado um novo certame para admitir pelo menos 150 profissionais.
?Não só os incêndios do último final de semana, mas no ano passado, os três grandes incêndios em prédios da capital mostraram que o Corpo de Bombeiros do Piauí precisa de muitas melhorias. Nós já fizemos o pedido dos EPIs e pedimos a convocação dos aprovados e estamos esperando a resposta do governo do estado?, disse. Para discutir estas questões, segundo o sargento Francisco, será realizada na Assembleia Legislativa do Piauí, uma audiência pública. ?Vamos discutir os problemas da corporação e tentar buscar soluções para eles?, pontuou.
Hoje a corporação conta com equipamentos suficientes para apenas 15 bombeiros, enquanto a corporação conta com mais de 350 homens. ?Nós precisamos revezar esse material quando estamos em serviço, no entanto, ao passar de uma pessoa para outra ele vai impregnado de suor, material tóxico e isso não garante as condições mínimas de higiene. Nós até poderíamos dividir o EPI, mas o quartel deveria ter um total suficiente para podermos usar alguns enquanto outros são retirados para limpeza, mas isso não acontece?, pontuou.
O comandante geral da corporação, coronel Manoel Bezerra dos Santos, no entanto, informou que ontem chegaram ao quartel mais 40 EPIs para uso dos militares. ?Nós vamos distribuir esses equipamentos de acordo com a necessidade de cada um. Só receberão, por exemplo, esse material, quem trabalha fora. Os militares que ficam apenas no quartel não terão necessidade, ou seja, vamos ter prioridades na hora de distribuí-los?, argumentou.