Família de dançarina quer saber qual foi causa de parada cardíaca

A família pede justiça e aguarda resultados de exames e da investigação da polícia.

Família quer saber motivo da parada cardíaca | Reprodução/Arquivo Pessoal
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A dançarina de funk Zulmariana Oliveira, de 26 anos, que morreu após se submeter a cirurgia plástica em uma clínica na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, foi sepultada neste fim de semana. A morte revoltou os parentes da bailarina, conhecida como Mary Morena. A causa da parada cardíaca, ocorrida cerca de quatro horas após o procedimento, ainda é desconhecida. A família pede justiça e aguarda resultados de exames e da investigação da polícia.

A cirurgia ? troca de prótese de silicone nos seios e lipoaspiração ? foi realizada em uma sala alugada por um cirurgião em uma clínica na Barra da Tijuca (foto). Ainda não se sabe o que causou a morte da bailarina. A polícia aguarda o resultado de exames feitos pelo Instituto Médico Legal. Uma perícia na clínica também foi realizada. Os funcionários envolvidos no procedimentos devem ser ouvidos nos próximos dias.

Zulmariana Oliveira, de 26 anos, também conhecida como Mary Morena, sempre buscou o corpo perfeito. A jovem, que já dançou em um grupo funk, não estava satisfeita com a atual forma: queria aumentar os seios e reduzir a barriga.

Na manhã da última sexta-feira (16), os procedimentos foram realizados na clínica da Barra da Tijuca, conhecida por ser frequentada por famosos.

Para trocar as próteses de silicone nos seios (de 350 ml para 600 ml) e fazer a plástica na barriga, Mary juntou R$ 20 mil. Às 21h30 de sexta, parentes da dançarina foram chamados, quando o chegou, ela já estava morta.

Neide Senra, amiga de Mary, ouviu do cirurgião que a operação foi bem sucedida. Ela voltou da anestesia e conversou com outra paciente que estava no mesmo quarto. Entretanto, após comer, se queixou de dor nos seios e de falta de ar.

A clínica não possui unidade de tratamento intensivo para casos de emergência. Entretanto, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a unidade não precisa ter uma CTI para realizar os procedimentos.

O caso foi registrado na delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP).

Em nota, o Centro Médico da Barra lamentou a morte da paciente e afirmou ter adotado todos os procedimentos para salvar a jovem. A clínica também afirma ter disponibilizado toda infraestrutura para socorrer Zulmariana, mas atesta que o cirurgião que operou a dançarina não integra o corpo clínico do centro médico e apenas utiliza as dependências do local. A direção da clínica ainda informou que Zulmariana morreu cerca de quatro horas após os procedimentos em uma sala de recuperação pós-operatória. O médico responsável pelo procedimento afirmou que a clínica tinha estrutura adequada para os procedimentos e que fez o possível para evitar a morte da jovem.

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