O nível do rio Guaíba está estabilizado, embora ainda muito alto, e algumas famílias começam a retornar para suas casas em Porto Alegre. Nos bairros Centro, Menino Deus e Cidade Baixa, os moradores estão removendo entulhos e sujeira, além de contabilizar os prejuízos. Nas ruas, é possível encontrar, além de entulho, peixes e ratos mortos, além de esgoto exposto. Móveis e objetos pessoais estão acumulados nas calçadas.
LIMPESA DA CAPITAL - O Departamento Municipal de Limpeza Urbana recolheu 25 toneladas de lodo apenas na Avenida Padre Cacique e 119 toneladas de resíduos no bairro Menino Deus, na Zona Sul da capital. Do Guaíba, foram retiradas 365 toneladas de entulho. Todo esse lixo será encaminhado para um aterro sanitário em Minas do Leão, cidade situada a 200 km de Porto Alegre.
Um antigo debate no Rio Grande do Sul, agora intensificado pela tragédia, é sobre as moradias em áreas de risco. Em Porto Alegre, os moradores das ilhas foram severamente afetados e precisaram sair às pressas quando as águas subiram.
Falta de água gera reclamações dos moradores
Além disso, a população reclama da falta de água. A Estação de Tratamento do bairro Moinhos de Vento foi restabelecida apenas na última quarta-feira, após 12 dias de interrupção, o que facilita o retorno às casas. Esta estação atende 21 bairros da área nobre da cidade e hospitais importantes. No entanto, ainda há reclamações de moradores que continuam sem abastecimento.
O Departamento Municipal de Água e Esgoto informou que a vazão da estação está reduzida, tratando 500 litros de água por segundo. Com o consumo elevado para encher os reservatórios prediais, "não há tempo suficiente para abastecer a todos".