As equipes da Prefeitura de Teresina já recolheram mais de 1.880 toneladas de lixo na operação Faxina nos Bairros, que acontece aos sábados nas quatro zonas da cidade. O objetivo é localizar focos do mosquito Aedes aegypti, mosquito transmissor da zika, dengue e chikungunya.
No sábado passado (27), foram recolhidas quase 218 toneladas de lixo nos bairros Cabral (zona Norte), Três Andares (zona Sul), Novo Horizonte (zona Sudeste) e Satélite (zona Leste). “Foram 44 toneladas na zona Norte, 35 na zona Sul, 88 na zona Sudeste e 48 na Leste”, informa o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Francisco Pádua.
A Faxina nos bairros é uma operação conjunta entre FMS e Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs). Durante a semana que antecede a operação, as equipes de agentes de saúde mobilizam a população para que deposite nas calçadas seu lixo doméstico, inclusive os de grande porte que estivesse nos quintais que possam se tornar foco do mosquito. No sábado, as equipes de limpeza das SDUs recolhem todo este material.
“Além da limpeza, no dia da faxina os agentes de endemias percorrem as casas dos bairros contemplados, fazendo um trabalho de orientação sobre como combater o mosquito e evitar seus focos”, acrescenta Francisco Pádua. “A população tem recebido bem o nosso trabalho, mas não podemos descansar e contamos com a colaboração de todos nesta luta”, diz ele.
Desde dezembro do ano passado, com a assinatura do decreto de emergência sanitária pelo prefeito Firmino Filho, a Prefeitura de Teresina tem tomado novas medidas para intensificar a luta contra o mosquito. O motivo foi a descoberta de graves sequelas neurológicas relacionadas ao zika vírus em recém-nascidos, em especial a microcefalia.
E a microcefalia é apenas um dos problemas. Cientistas do Instituto Evandro Chagas, no Pará, que desenvolvem pesquisas relacionadas ao vírus, investigaram amostras de tecidos de fetos e pessoas que morreram por complicações neurológicas associadas à doença. Já foram encontradas amostras do zika em órgãos como o baço, rins, pulmões, coração e no fígado dos mortos, mas as lesões no sistema nervoso central são muito mais graves, com diminuição e destruição do cérebro.