A faxineira Francieli Priscila Correa Froelich, de 31 anos, que registrou boletim de ocorrência alegando que o ex-patrão de 70 anos jogou líquido de ácido em seu rosto, afirmou que está com dificuldade para enxergar em um dos olhos, que passou por uma consulta com oftalmologista e que teme perder a visão. Em depoimento, o homem negou a agressão.
Um vídeo mostra o idoso jogando um líquido em Francieli. Nas imagens, é possível ver o momento da briga, que começou na frente de uma casa e foi até o meio da rua. Em um determinado momento, o idoso fala que a mulher "nunca vai usar produto de beleza".
"O olho está bem inflamado. O médico não pode mexer porque não tem como mexer com o olho infeccionado. Então, ele passou um colírio e analgésico para ir tratando em casa para ver se vai ter que fazer cirurgia ou o que vai conseguir fazer. Foi o que o médico disse. A minha visão está muito turva. Não consigo enxergar.”
A mulher registrou queixa na delegacia contra o ex-patrão alegando que o homem jogou ácido muriático, que é um tipo de ácido clorídrico e só deve ser usado para limpar pisos e remover restos de cimento, junto com formol e soda. O caso ocorreu na última segunda-feira (19), em Catanduva (SP).
No vídeo que mostra o homem jogando o líquido na mulher também é possível ver que ambos seguravam um pedaço de madeira e uma barra de ferro.
Francieli também disse que sentiu uma "dor insuportável".
"As meninas do posto de saúde me lavaram. A roupa que eu estava derreteu. Meu corpo ficou todo queimado. Depois fui para o Hospital Padre Albino. Minha garganta está toda irritada e inchada", afirmou.
Ela conta que trabalhava na casa do idoso como faxineira havia quatro anos. Ela também cuidava e fazia comida para o ex-patrão.
“Eu conheço o idoso há mais de 10 anos. Ele convivia muito com a minha família. A gente já tinha até viajado junto. Eu o tratava como um pai”, afirmou.
Motivos para agressão
Sobre o motivo das agressões, a faxineira disse que na semana retrasada, enquanto estava na casa do idoso, acabou tropeçando em um balde com produto que o homem preparava para vender.
“Ele ficou bravo. Vim embora para minha casa. Em seguida, fiquei doente durante uma semana e não fui trabalhar. No outro domingo, liguei para comunicar o idoso que não iria mais trabalhar”, contou.