Olhando de fora nem parece que o hipermercado Extra, localizado na Avenida Presidente Kennedy, zona Leste de Teresina, vai fechar as portas. Por dentro a história é outra. Um "twist" de clientes levou todos os eletrônicos e as prateleiras vazias anunciam o fim. Com 300 funcionários, a loja tem previsão de encerrar as atividades no dia 20 de janeiro.
Neste final de semana, a loja registrou grande movimentação de pessoas interessadas em descontos. Com a ideia de "liquida tudo", produtos na caixa e de vitrine são ofertados com preços menores, mas sem a possibilidade de trocas ou reclamações posteriores. Longas filas foram registradas nos caixas.
As lojas acessórias do grande supermercado, como uma farmácia, uma loja de colchão e outra de chocolates permanecem abertas ante à "odisseia do capitalismo". Os clientes lamentam. "Moro aqui na frente e vinha aqui todo santo dia", lamenta a dona de casa Lourdes Marinho, que desta vez leva um ventilador de mesa.
Por sinal, os ventiladores foram os itens mais procurados e vendidos. "Estão bem mais baratos", comenta um cliente que escolhia entre os poucos que restavam. Televisores, computadores e smartphones já não estão mais disponíveis.
"Está programado para fechar dia 20 de janeiro. Aqui desde cedo que está cheio", comentou um funcionário que não quis se identificar.
Entre prateleiras vazias, roupas e longas filas, o Extra da Kennedy fecha as portas sendo o pioneiro no setor de hipermercados na região do Horto e da Morada do Sol. A loja, que foi inaugurada no dia 22 de julho de 2010, faz parte de um lote vendido pelo Grupo Pão de Açúcar à rede de lojas Assaí por mais de R$5,2 bilhões e encerra atividades após quase 12 anos. Os funcionários da loja devem ser realocados para outras unidades.
Veja as fotos: