A hora da “xepa” deveria ser mais limpa, mas não é. As reclamações sobre o descarte irregular do lixo após às feiras livres no Dirceu I, na zona Sudeste de Teresina, aumentam a cada dia. Grande volume de lixo é despejado a céu aberto, incomodando os moradores. Os feirantes que vão ao mercado público jogam lixo sem nenhum constrangimento, próximos a espaços públicos e vias. A prefeitura faz a limpeza logo após, mas é tanto lixo que, às vezes, não cabe no caminhão e eles só voltam para recolher em outro dia.
Em um trecho da Rua Adélio Soares, os próprios feirantes e comerciantes jogam dejetos como podas de árvores, papelão, restos de frutas e verduras ao lado do posto do Sistema Nacional de Empregos (Sine), sem a menor preocupação, como flagrou a equipe do Jornal MN. Apesar do muro conter proibido jogar lixo no local, nada inibe a ação dos ‘sujões’.
“Não são os moradores que sujam, são eles mesmos – os próprios feirantes. Eu vi uma mulher jogar galhos de árvores nesta manhã. Nós lutamos para deixar nossas casas limpas, mas é esse lixo todo que deveria ser revisto”, reclama a moradora Maria das Graças, 70 anos, que mora a poucos metros do trecho.
Segundo o presidente da Associação dos Deficientes Físicos do bairro, Alexandre Almeida, que trabalha em frente ao local, práticas como essa já viraram rotina e trazem muito incômodo. “ Isso é um incômodo porque o feirante deixa o lixo aí e aquele morador que vê o amontoado de lixo resolve jogar aquela sacolinha de lixo. O mau cheiro é enorme, vemos vísceras de peixes e tudo enquanto aí. Isso não era para existir”, afirmou.
A administração do Mercado do Dirceu orienta que os feirantes descartem o lixo corretamente em sacos plásticos que são distribuídos e que devem ser jogados no ponto de coleta, que está localizado ao lado do próprio mercado.
A administração relembra aos comerciantes que as regras do manejo correto do lixo já existem e muitos descumprem: cada um deles é responsável pelo armazenamento do lixo de sua barraca. E os resíduos devem ser colocados em sacos para facilitar o trabalho dos garis, que começam a limpeza a partir das 13h, hora limite para que a via seja liberada.
A Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU/Sudeste) foi notificada da situação e verificará o local. A reportagem do JMN também questionou sobre a existência de um trabalho por parte da prefeitura para orientação do uso correto do espaço e descarte adequado do lixo, mas, até o fechamento desta edição, o órgão não respondeu a solicitação.