Vinte mil mulheres reunidas em um mesmo lugar para cinco dias de prazer e sensualidade. É assim que se descreve o Dinah, também conhecido como o maior festival de mulheres do mundo. A festa curiosamente começou com um torneio de golfe em 1972, e hoje se tornou um verdadeiro parque de diversões do prazer estritamente feminino – entre DJs, festas na piscina, shows, comediantes e muito mais, a liberdade e o desejo são hoje a tônica que move esse encontro lésbico global em Palm Springs, cidade no meio do deserto do sul da Califórnia.
Durante o Dinah os homens são peças raras, normalmente trabalhando como funcionários dos hotéis e eventos. Para além da alta tensão sexual, o clima no festival é de camaradagem e celebração. O Dinah a cada ano cresce, sendo patrocinado por grandes marcas de bebida, e já tendo recebido nomes como Kate Perry e Pussycat Dolls como atrações (neste ano, Lady Gaga frequentou uma das festas do evento).
A verdade é que, para além da força econômica ou da oportunidade de se entregar aos sinceros desejos do corpo, o festival parece possuir forte sentido empoderador, como uma oportunidade de se afirmar e viver a própria sexualidade de forma livre e segura.
Em Palm Springs, estima-se que metade da população seja homossexual – tendo um prefeito assumidamente gay. Ainda há muito o que se conquistar no que diz respeito às liberdades em geral, mas é certo que Palm Springs e o Dinah são símbolos importantes – e especialmente divertidos e excitantes – do que já foi conquistado e merece ser comemorado.