Fiat é investigada pelo Ministério Público por problemas no Ducato

O vazamento é causado por trincas na peça, que é de alumínio.

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Um suposto problema mecânico precoce tem deixado proprietários do Fiat Ducato com muita dor de cabeça e prejuízo enorme no bolso. A falha ocorre normalmente antes dos 40 mil quilômetros e o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG) do Ministério Público de Minas Gerais investiga o caso sob suspeita de vício oculto de fabricação no cabeçote da Ducato. Uma audiência para analisar a situação foi marcada para o próximo dia 28.

O incidente acontece com veículos equipados com motor Multijet 2.3 16V (a diesel), modelo 2012, fabricados entre 2011 e 2013. Segundo relato dos proprietários, antes de atingir os 40 mil quilômetros ocorre fuga de água no cabeçote do motor. O vazamento é causado por trincas na peça, que é de alumínio. A partir daí ocorre um efeito em cascata, que pode gerar desde superaquecimento até danos mais graves, como calço hidráulico, passando por curtos na parte elétrica do veículo.

Só o custo do cabeçote pode chegar aos R$ 7,7 mil, preço pago por uma peça genuína na rede autorizada; ou cerca de R$ 4 mil por uma no paralelo. O valor final do prejuízo depende do tempo em que o motorista demora a identificar a falha.

Dezesseis consumidores já formalizaram reclamação no Procon estadual, que investiga a situação por não se tratar de casos isolados. A Fiat tem prazo de 30 dias para fornecer informações técnicas do projeto, bem como relatórios de reclamações e ações judiciais existentes sobre os mesmos problemas e a realização de recalls, no Brasil ou no exterior, da peça defeituosa.

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