O empresário teresinense Pires Cunha tem convicção em dizer que foi Nossa Senhora Aparecida que curou o seu câncer em 2014, quando a doença foi diagnosticada. Católico e devoto da Padroeira do Brasil, desde que descobriu ter o problema de saúde ele passou a orar para santa e pedir que fosse curado.
“Eu tenho fé que Nossa Senhora Aparecida foi quem me tratou”, conta Pires. Ontem (6) ele e a mãe, a dona Ilmar Cunha, foram agradecer a graça alcançada à santa durante a acolhida da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida na paróquia São José Operário, na Vila Operária, situada na zona Norte da capital.
“Eu sou muito grata e não podia deixar de tocar na imagem de Nossa Senhora Aparecida. É um momento único e de emoção para mim e meu filho”, relata Ilmar Cunha. A igreja São José do Operário é a 11ª paróquia do Piauí a acolher o ícone de Nossa Senhora Aparecida desde o início da Rota 300 da caravana “Mãe de Deus”, no dia 1º de outubro.
Ontem por todo dia a imagem permaneceu na igreja da Vila Operária e centenas de fiéis fizeram súplicas e agradecimento à Nossa Senhora Aparecida. Hoje (7), conforme a programação da Arquidiocese de Teresina, organizadora da caravana “Mãe de Deus”, a santa será acolhida na Área Pastoral Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Santa Maria da Codipi.
A Rota 300 da Caravana Mãe de Deus marca os 300 anos do jubileu de aparecimento da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba do Sul. O Piauí é o sétimo estado brasileiro a receber a santa. A imaculada peregrina fica no Estado até o dia 12 de outubro, feriado nacional do Dia da Padroeira do Brasil.
Penitenciárias de Teresina receberão imagem
No Piauí desde a última quinta-feita (1º), a imagem de Nossa Senhora Aparecida visitará neste sábado (10), a partir das 7h, a Casa de Custódia e a Penitenciária Feminina de Teresina. Na Casa de Custódia, a imagem da santa visitará os pavilhões A, B e C. Depois, o cortejo segue para um momento de oração na quadra esportiva da Penitenciária Feminina.
A coordenadora de Religiosidade da Secretaria de Justiça do Piauí, Layla Leônidas, destaca que o órgão realiza um plano mensal de atividades religiosas dentro das penitenciárias. “Estamos ajudando na ressocialização e acreditamos que a fé pode colaborar com esse objetivo. Um dos pilares do trabalho da Secretaria tem sido, exatamente, estimular a espiritualidade, nos mais variados tipos de credo, junto aos reeducandos”, explica Layla.
Um dos detentos, que atualmente responde em liberdade a processo por estelionato, havia sido preso em janeiro de 2014 e foi um dos beneficiados com o trabalho e apoio à manifestação religiosa no sistema penitenciário. “Muitos se sentem esquecidos e abandonados dentro das prisões, mas, a partir do contato com a religiosidade, passam a se sentir amados e estimulados à mudança de vida”, afirma.
O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, observa que o acesso à expressão religiosa dentro das penitenciárias é uma garantia legal que tem sido fomentada como importante instrumento de humanização e reinserção social dos reeducandos. “Temos o dever de cumprir a lei e, mais que isso, contribuir com a conscientização de todos sobre a necessidade de oportunizar às pessoas privadas de liberdade meios para que vislumbrem uma perspectiva de vida quando saírem do sistema e, assim, abandonarem a criminalidade”, pontua o gestor.