Filha de 11 anos só acreditou na morte de dançarina ao ver caixão: 'Mundo caiu'

Órfã de pai há cinco meses, a estudante continuará morando com a avó. “Perdi meu pai e agora a minha mãe. Não sei como vai ser daqui pra frente”, diz.

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A estudante Emilly Cristina Sena, de 11 anos, conta que só acreditou na morte da mãe, a dançarina de funk Amanda Bueno, de 29, ao ver o caixão durante o velório em Anápolis, a 55 km de Goiânia. "Assisti ao vídeo, vi as fotos que tiraram, mas ainda não tinha acreditado. Meu mundo caiu", disse, no momento em que chegou com parentes ao Cemitério Municipal de Trindade, na Região Metropolitana da capital, onde será realizado o enterro.

Após o velório em Anápolis, o corpo de Amanda foi levado para o cemitério por volta das 13 horas. A cerimônia continuará no local até o sepultamento, previsto para o final desta tarde.

A dançarina foi morta na última quinta-feira (16). O noivo da vítima, Milton Severiano Ribeiro, conhecido como Miltinho da Van, foi preso e confessou ter cometido o crime à polícia. Câmeras de segurança registraram o homicídio.

 Emilly conta que esperava uma visita da mãe neste final de semana, mas foi surpreendida com a notícia da morte dela, na quinta-feira. "Eu estava numa alegria na escola, falei para as minha amigas que elas iam conhecer a minha mãe. Ai, quando eu cheguei em casa vi minha avó e meu primo de 9 anos chorando, dai ele me contou, eu desmaiei, fui parar no hospital", se recorda Emilly.

Apesar da distância, Amanda, que na verdade se chama Cícera Alves Sena, era uma mãe presente e falava todos os dias com a filha. "Vou sentir falta do jeito que ela me chamava de princesa, das brincadeiras com as bonecas. Ela era muito carinhosa, vou sentir falta de tudo", lamenta.

Órfã de pai há cinco meses, a estudante continuará morando com a avó. "Perdi meu pai e agora a minha mãe. Não sei como vai ser daqui pra frente", diz.

Irmã de Amanda, Valsirlândia Lopes Sena conta que a situação abalou toda a família. Ela revela que ela é o terceiro irmão que perde. " É muito difícil, não tenho palavras para expressar essa dor que estamos sentindo", afirma.

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