Uma enfermeira e uma técnica de gesso foram agredidas pela filha de um paciente em uma unidade de saúde em Santos, no litoral de São Paulo. Imagens obtidas neste domingo (12) mostram os demais pacientes tentando apartar a briga. Um boletim de ocorrência foi registrado logo após a agressão.
O caso ocorreu na última sexta-feira (10). De acordo com a técnica de gesso, que preferiu não se identificar, a acompanhante estava com o pai internado no Pronto Socorro da Zona Noroeste, no bairro Castelo, há cerca de uma semana. A discussão começou quando o paciente se levantou para questionar algo à enfermeira, que pediu para que ele aguardasse.
"A enfermeira estava falando com a filha dele, quando ele a cutucou para perguntar algo. Ela não sabia que ele era o pai da menina. Ela pediu para ele aguardar, e a filha achou ruim, foi quando ela começou a bater na enfermeira. Puxou ela pelos cabelos, arrastou pelo chão", explica.
A técnica conta que escutou a gritaria da sua sala e saiu para ver o que estava acontecendo. "Quando saí, estava todo mundo no corredor vendo a briga. O pessoal ajudou a separar, e quando já havia acabado, ela começou a se exaltar novamente, e eu pedi calma. Foi quando ela partiu para cima de mim também, me deu chutes, tentou me bater, sorte que consegui contê-la".
A discussão foi parar na Delegacia de Defesa da Mulher, onde foi registrado um termo circunstanciado de lesão corporal. "Saímos da nossa casa todos os dias para vir trabalhar, e tentamos dar o nosso melhor com o que está ao nosso alcance, com profissionalismo. Procuramos sempre atender as pessoas de uma forma melhor. E isso acontece... É deprimente".
Em nota, a Prefeitura de Santos, responsável pela administração da unidade, disse que lamenta o ocorrido e que está investindo na segurança do complexo hospitalar, que recentemente passou a contar com câmeras de monitoramento.
Na área da ocorrência, há um equipamento em funcionamento, e a pasta já solicitou à Secretaria de Segurança a pesquisa das imagens para colaborar na investigação policial e responsabilização da agressora.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a irmã da agressora também teria participado da briga, e as duas, uma de 22 e outra de 26 anos, chegaram a ser detidas. Elas foram encaminhadas para a DDM e liberadas em seguida. Já as vítimas foram orientadas sobre o prazo de representação criminal.