Homens fortemente armados cercaram as forças de segurança, soltaram ao menos 20 presos e aterrorizaram a população da cidade de Culiacán, no México, na quinta-feira (17), até que o governo concordasse em soltar Ovidio Guzman, um dos filhos do traficante Joaquín "El Chapo" Guzmán. As informações são do G1.
O presidente Andrés Manuel López Obrador afirmou que concordou com a soltura. "Decidiu-se proteger a vida das pessoas, e eu estive de acordo com isso. Não se trata de massacres; a captura de um delinquente não pode valer mais do que a vida das pessoas", disse ele durante uma entrevista.
Policiais que faziam uma patrulha entraram em uma casa na cidade onde havia quatro homens, incluindo o filho de "El Chapo" –o próprio Ovidio é acusado de traficar drogas para os Estados Unidos. Outros atiradores chegaram e cercaram ao local, e os policiais ficaram em minoria.
“A decisão tomada foi sair da casa sem Guzman, e tentar evitar mais violência na área, preservar a vida do nosso pessoal”, diz Durazo.
Enquanto a polícia estava na casa com o filho de El Chapo, criminosos atacaram membros das forças de segurança na cidade de Culiacán. Eles atiraram contra viaturas, soltaram presos, incendiaram veículos e ao menos um posto de gasolina.
A reação à captura de Ovidio foi considerada uma ação violenta até para os parâmetros da disputa entre polícia e traficantes no México.
Nem mesmo quando El Chapo foi preso houve ataque como o desta semana. Os moradores de Cualiacán se protegeram em shopping centers e supermercados enquanto havia trocas de tiros na cidade. Nuvens de fumaça eram vistas no horizonte.
"El Chapo" e seu filho pertencem ao cartel de Sinaloa, considerado o maior do mundo. A presença do narcotraficante na região o fez ser reconhecido como um Robin Hood por alguns moradores do estado, mas o criminoso era considerado impiedoso com rivais.
Mesmo com a queda de Chapo, o cartel de Sinaloa tinha, no ano passado, a maior distribuição nos Estados Unidos, de acordo com o órgão de repressão às drogas americano.