Até o dia 15 de janeiro de 2024, às 22h, as instituições bancárias associadas à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) oferecerão aos clientes o serviço de emissão e agendamento do DOC, encerrando definitivamente esse meio de transferência bancária. A extinção do DOC e da Transferência Especial de Crédito (TEC) se deve ao declínio de interesse dos brasileiros, sendo o PIX, lançado em novembro de 2020, uma alternativa mais rápida e econômica.
Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, o DOC, criado em 1985 pelo Banco Central, perdeu espaço para formas mais eficientes de transferência, refletido nos dados do primeiro semestre de 2023, com apenas 18,3 milhões de transações, representando 0,05% do total de 37 bilhões de operações no ano.
Comparativamente, o DOC ficou atrás de outros meios, como cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões) e, principalmente, o PIX, preferido pelos brasileiros, com 17,6 bilhões de transações.
Tanto o DOC quanto a TEC permitiam transações de até R$ 4.999,99, agendáveis para beneficiar contas em diferentes bancos. Enquanto o DOC efetivava as transferências no dia seguinte, a TEC garantia a conclusão no mesmo dia da ordem de transferência. Cada banco determinava as tarifas aplicadas nas transações realizadas por esses meios.