O prefeito de Teresina, Firmino Filho, pediu para ao 2º Batalhão de Engenharia e Construção para que sejam destinados homens do Exército para auxiliar no desenvolvimento do Plano Emergencial de Combate ao Aedes aegypti que estão programadas para iniciar nesta semana.
Firmino Filho esteve reunido nesta segunda-feira, 14, com o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Francisco Pádua e com o comandante do 2º BEC, Coronel Marcelo Pereira de Carvalho para tratar sobre o tema. Devido a decretação de estado de emergência no Brasil, o Exército Brasileiro foi colocado em alerta para que possa auxiliar estados e municípios nas atividades de combate.
Durante a reunião, o prefeito explicou ao comandante que o planejamento para Teresina começa de forma imediata e antecipada ao período chuvoso. "A Prefeitura vem tratando esse assunto de forma enérgica. Faremos uma varredura na cidade. A cada dois meses, os agentes de endemias percorrerão todos os bairros de Teresina para verificar a existência de focos do mosquito. O período de maior risco é o período chuvoso porque as larvas do mosquito estão escondidas e chega a chuva e a eclosão dos ovos", alerta Firmino Filho.
A participação dos homens do Exército se daria no auxílio aos agentes de endemia nesta varredura e nos mutirões de limpeza, que já inicia neste sábado (19) em quatro grandes bairros da cidade. "O efetivo da Fundação Municipal de Saúde vai estar neste sábado fazendo o que estamos chamando de faxina em toda cidade e gostaríamos já de contar com a colaboração dos homens do batalhão", afirma Francisco Pádua.
O comandante do 2º BEC, Coronel Marcelo, confirmou a intenção de auxiliar a Prefeitura nas ações que forem necessárias. Porém, recomendou que fosse enviado ofício ao Ministério da Defesa comunicando a necessidade e solicitando a liberação do efetivo. "O Exército já está ciente do problema e em alerta. Sugerimos que o prefeito faça o documento ao ministério e esse trâmite deve ser bastante rápido. Temos total condição de apoiar e disponibilidade de pessoal para isso", destaca.
O Aedes aegypti é o vetor do zika, vírus suspeito de estar causando a microcefalia no país. A infestação da doença está sendo tratada de forma emergencial e, em Teresina, há 19 casos sendo investigados. Em todo o Estado, 38 casos estão sob suspeita.
A primeira varredura em busca de focos do mosquito terá início em janeiro. Mais de 10 mil imóveis serão visitados, mesmo os que estão fechados. Segundo o prefeito Firmino Filho, outras ações com a perspectiva de atrair a atenção da população serão desenvolvidas. É o exemplo de um aplicativo para celular que permite que as pessoas enviem fotos de lixões, terrenos abandonados e outros possíveis criadouros do mosquito para a prefeitura. "Nós precisamos despertar nas pessoas a necessidade para essa vigilância permanente, tanto em relação às suas próprias casas como em relação a outros pontos da cidade. Com esse aplicativo, a foto que ela enviar já chegará para a Prefeitura com a localização dada pelo GPS. Então, nós iremos lá eliminar esses focos", finalizou.