Bruno Eulálio Santos, 22 anos, natural de Ressaca, Minas Gerais, foi aprovado no curso de medicina na Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC) com os pontos que obteve no Sistema de Seleção Unificada - SISU 2020. Ele conta que o usou o método de flash cards para conseguir memorizar os conteúdos, diante da falta de tempo e a grande vontade para alcançar a aprovação.
O desejo pelo curso de medicina veio depois que ele passou a trabalhar como ajudante geral na área da faxina, em um hospital particular na cidade. Trabalhando em tempo integral, ele usava o pouco tempo que tinha entre as folgas do trabalho e nos deslocamentos dentro do ônibus para conseguir memorizar os conteúdos.
De acordo com ele, nesse período, ele criou mais de 1.300 cartas com perguntas direcionadas para lembrar o conteúdo estudado de acordo com o seu cronograma de estudo. Os cartões, com informações em ambos os lados, o auxiliou bastante no processo de memorização.
"Eu sabia que não seria uma missão fácil, pois o meu trabalho exigia muito do meu tempo e para que eu pudesse ter mais conteúdo nos meus cartões", conta. "Ingressei em um cursinho online e passei a incluir as revisões nos flash cards", explica Bruno.
Em cada bloco de cartas, no formato adaptado para carregar dentro do bolso da calça, tinha recomendações práticas para o momento da prova, frases de incentivo, como também a indicação da semana de estudo.
Os cartões reuniam conteúdo de todas as disciplinas. As revisões eram feitas no percurso do trajeto entre a casa e o hospital. Segundo o estudante, ele não ultrapassava as 7 horas de estudos diários. "Em casa eu estudava todos os dias quando eu chegava do trabalho e também enquanto estava no ônibus".
A sua rotina de estudo com os cartões era variada. Bruno conta que não seguia um padrão de horas de estudos por conta de sua rotina. “Eu não recomendo para ninguém essa dupla jornada de estudos e de trabalho, por vezes, assistia as aulas gravadas do cursinho porque não conseguia acompanhar, devido ao dia a dia no hospital".
Bruno explica que quando terminou o contrato com o hospital, em março do ano passado, ele conseguiu se dedicar integralmente à faculdade de medicina com a ajuda da irmã. "Resolvi focar nos estudos e tive mais tempo para trabalhar a mente. E isso me ajudou a conquistar o meu objetivo."