A Justiça do Rio realiza na tarde desta sexta-feira (13) uma audiência sobre o caso Flordelis. São ouvidas testemunhas de acusação no processo que apura a morte do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal. Apontada como mandante do crime, Flordelis chegou atrasada e levou uma bronca da juíza Nearis dos Santos.
Ao entrar no tribunal, a deputada chorou e negou o crime: "Eu não mandei matar meu marido. Jamais faria isso", disse.
A princípio, seriam ouvias testemunhas de acusação e defesa, mas como havia muitos depoentes a juíza decidiu desmembrar o procedimento - só as de acusação serão ouvidas nesta sexta.
A Justiça determinou que Flordelis fosse notificada da audiência nos endereços no Rio e em Brasília, além da intimação por WhatsApp, após a dificuldade que teve para intimá-la a usar tornozeleira eletrônica.
A tornozeleira foi instalada há pouco mais de um mês. Dias depois, ela exibiu o equipamento em um culto.
Denúncia de mandar matar o marido
Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019. Ela nega as acusações.
Sete filhos e uma neta da deputada também respondem pelo crime.
Flordelis só não foi presa por ter imunidade parlamentar. No entanto, um processo por quebra de decoro está em andamento em Brasília, o que pode acarretar na perda de seu mandato.
O relatório da Corregedoria da Câmara dos Deputados afirma que Flordelis não conseguiu provar que ela não quebrou o decoro parlamentar.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu processo pedindo pela cassação do mandato da deputada.