
O Hospital do bairro Primavera, zona Norte, faz atendimento com a vacina antirrábica todos os dias da semana, incluindo finais de semana e feriados, das 7h30 às 18h. Esse serviço é disponibilizado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) para as pessoas que sofreram mordedura ou arranhadura de animais como cães, gatos, soim (sagui) e macaco que podem transmitir o vírus da raiva. A vacina antirrábica serve para prevenir a raiva em humanos antes ou após a exposição ao vírus.
Desde que esse serviço passou a ser oferecido para a população no Hospital da Primavera, em abril do ano passado até agosto deste ano, já foram aplicadas 13.953 vacinas antirrábica, 816 doses de soro antirrábico humano e 969 doses de Imunoglobulina.

Sobre o atendimento no hospital da Primavera, a enfermeira Luciane Leal, que coordena a sala de vacina, explica que cada pessoa mordida por animal que procura a vacina é avaliada primeiro por um médico do hospital. “O médico do plantão no hospital é quem define como será o tratamento. A vacina pode ser aplicada em pessoas de qualquer idade quando forem agredidas por animais que geralmente são cachorro, gato, macaco e morcego ”, fala.
O infectologista da FMS, Kelsen Eulálio, explica que a doença é grave e não tem cura. “A raiva é uma doença grave e invariavelmente fatal. A transmissão acontece pela saliva dos animais no ato da mordedura ou arranhões. O vírus da raiva acomete o cérebro e a medula espinhal e o período de incubação é de 45 dias podendo variar de poucos dias a vários meses. Os sintomas são febre, mal estar, irritabilidade, dor de cabeça, alterações de comportamento e confusão mental”, cita.
Quem necessitou receber a vacina antirrábica foi a agente de endemias, Naiza Santos, 45 anos. Ela foi mordida por um cachorro de rua e necessitou de quatro doses da vacina. “Tive ferimento leve na perna com a mordida do animal e cumpri o esquema vacinal com todas as doses recomendadas pelo médico”, fala.
O metalúrgico Daniel da Silva foi mordido pela gata de sua casa. “Fui levar a gata para ser castrada e ao pegar nela fui arranhado no braço. Ela é vacinada contra a raiva e só preciso de duas doses da vacina”, diz. A costureira Euzerina Rocha, 47 anos, foi mordida pelo cachorro de casa que é vacinado. “É um animal dócil, mas enquanto eu varria o quintal, ele ficou agitado e mordeu meu braço. Só vou precisar de duas doses porque ele é vacinado”, conta.