?Não era uma solução, era um ato de desespero?, disse, em entrevista ao Domingo Espetacular, Renata Soares da Costa, de 19 anos, sobre a entrega de seu filho, Arthur, a uma adolescente carioca. Ela negociou pela internet a entrega do bebê.
? Eu não queria fazer aquilo, eu estava com um peso enorme mas eu já estava ali . Pensei até em sair correndo. Eu não conseguia sair dali, foi triste demais.
A mãe afirmou que o motivo de ter doado o filho foi o fato de ter tido um amante:
? O maior erro da minha vida, antes de eu fazer tudo o que fiz, foi esse outro relacionamento que eu tive. Não existia nem sentimento nessa relação, por isso que eu me arrependo mais ainda.
Renata diz que a dúvida sobre a paternidade começou após brincadeiras de amigos:
? A gente já tinha alguns amigos que faziam brincadeiras com ele. Dizam que o Arthur não parecia com ele (Johney Lima Santos, de 24, o marido de Renata), que ele era filho meu. Tipo assim: "ele é só filho da Renata". Tinha muita brincadeira assim que me magoava. Eu ficava chateada. Tinha que ter alguma saída.
Renta diz não querer mais se separar do filho:
? Deus sabe que eu nunca quis mal pro meu filho, que eu me arrependo muito. E que, até o última da minha vida, eu não vou me separar do meu filho nunca, nunca...
Teste de DNA revelou que Johney Lima Santos é o pai da criança. Ele afirmou à reportagem não ainda saber se aceitaria Renata como membro da família:
? Só o futuro pra dizer... Pode ser que ela esteja com alguma depressão, alguma coisa, algum distúrbio.
Taxista
O Domingo Espetacular também entrevistou o taxista que ajudou o casal do Rio de Janeiro a buscar o garoto. Eles pagaram R$ 1 mil pela viagem. O taxista procurou a polícia ao saber do caso de Minas:
? Porque se eu soubesse (que a viagem era para pegar um bebê), eu não faria (a corrida de táxi do Rio a Minas). Nunca na minha vida. Porque meus filhos são minha vida. E eu não quero que aconteça. Se não quero que aconteça com meus filhos, imagina com os filhos dos outros.
Sem arrependimento
Em entrevista à reportagem, sem ser identificada, a adolescente que pegou a criança disse não estar arrependida de ter aceito a oferta de Renata:
? Eu estou arrependida pelo fato de ter dado o que deu (de ter sido acusada de um ato infracional). Mas de ter pego ele, não.