Vários ônibus e três delegacias foram alvo de atos de vandalismo no segundo dia de ataques em Fortaleza, no Ceará. Os ataques, conforme a Polícia Militar da cidade, ocorreram em diferentes bairros e região Metropolitana. A motivação seria mudanças ocorridas em presídios onde estão bandidos de alta periculosidade.
Em uma carta deixa em um dos veículos incendiados, uma suposta facção criminosa assume a autoria dos ataques e questiona mudanças nas unidades prisionais. "Queremos transferência de imediato da CPPL 2 [Complexo Privação Provisório de Liberdade 2] ou vai para os ataques", diz um trecho da mensagem.
A Secretaria da Segurança não confirma relação com problemas em presídios e diz que as motivações estão sendo investigadas. Oito pessoas foram presas suspeitas das ações. Um motorista e um cobrador ficaram feridos.
Por causa dos ataques, alguns simultâneos, os ônibus deixaram de circular durante a tarde desta quarta-feira; faculdades suspenderam aulas; muita gente ficou sem opção para voltar para casa, e o transporte alternativo cobra valores superfaturados.
Pelo menos 12 coletivos foram alvos de ataques incendiários na Grande Fortaleza, nos bairros Edson Queiroz, Barra do Ceará e Barroso, na capital, e nos municípios de Eusébio e Horizonte, de acordo com informações do sindicato das empresas de ônibus.