O fotojornalista André Pessoa, colaborador do Grupo Meio Norte de Comunicação desde a década de 1990 não para de surpreender nossos leitores com os seus registros fotográficos.
Pessoa nasceu em Recife, mas se mudou para o Piauí em 1993 onde realiza o maior trabalho de documentação do Bioma nordestino. Suas imagens correm o mundo em jornais, emissoras de televisão, livros, cinema, revistas e sites.
Nas últimas semanas André Pessoa vem fazendo uma série de registros da vegetação da Caatinga e suas cores variadas. Para quem ainda pensa que a “Mata Branca”, como os índios denominaram a vegetação do semiárido, é monocromática, Pessoa enche nossos olhares com texturas, formas e cores.
A Caatinga é formada por uma vegetação aparentemente agressiva com espinhos, plantas urticantes e muito entrelaçadas. Mas apresenta paisagens belíssimas.
Não à toa Glauber Rocha trouxe o cinema para a Caatinga. Euclides da Cunha se apaixonou pelo nordeste ao descrever a sua vegetação no livro Os Sertões e as novelas da TV Globo não cansam de usar suas belezas nas minisséries e especiais.
Terra de belezas escondidas e camufladas
A Caatinga é uma terra de belezas escondidas, camufladas. Suas árvores características como o angico, a imburana e a aroeira são sagradas. Seus cactos recheiam a paisagem com formas e cores exóticas.
Andar na Caatinga e voltar ao tempo dos colonizadores, quando depois de explorar a zona da mata eles chegam ao Sertão. A surpresa é inevitável. Naquele mundo aparentemente inóspito, estão homens, bichos e plantas únicos no planeta.
Percorrer a Caatinga é mergulhar na alma do povo brasileiro. Favela, tamboril, carnaúba, xiquexique, mandacaru, coroa-de-frade, entre tantas outras plantas marcam a sua biologia.
Viajar pelo interior sertanejo explorando a Caatinga é conhecer um país diverso, com uma vegetação que só existe aqui nesse pedaço de terra.