Lembra da polêmica que rolou em lugares que proibiram supermercados de distribuir sacolinhas plásticas? Então imagine as reações à lei francesa que vai proibir, a partir de 2020, a venda de talheres, copos e pratos de plástico que não sejam biodegradáveis.
A norma foi aprovada e estabelece um prazo, até o dia 1º de janeiro de 2020, para que as empresas se adaptem à mudança. Segundo o jornal francês Les Echos, são jogados fora, por ano, 4,7 bilhões – isso mesmo!- de copos de plástico por ano. Para piorar, só 1% de tudo isso tem a reciclagem como destino.
Além da questão do descarte de lixo, a medida também tem como objetivo diminuir os gastos de energia da indústria plástica. É claro que a lei causou controvérsia, revoltando especialmente as organizações de empresas do ramo, que a consideram uma “violação das regras da União Europeia sobre a livre circulação de mercadorias“.
Apesar de entidades ligadas à sustentabilidade comemorarem a decisão, ela não é unânime nem entre o governo francês: Segolene Royal, Ministro de Meio Ambiente do país, se opôs à regra, argumentando que ela prejudicaria famílias com problemas financeiros que costumam usar os materiais descartáveis para economizar dinheiro.
Mesmo assim, o presidente François Hollande declarou que a mudança é parte de um esforço para que “a França seja um exemplo em termos de redução da emissão de gases do efeito estufa, diversificando seu modelo energético e aumentando o uso de fontes de energia renováveis”.